Os e-commerces e marketplaces sofrem com diversos tipos de fraudes, que geram prejuízos financeiros e de reputação para o negócio. Por isso, para manter a segurança e proteger a confiança dos consumidores na marca, é fundamental saber como evitar fraudes no e-commerce.
Para se ter uma ideia do tamanho deste mercado, 73 milhões de brasileiros usuários de internet realizam compras online nos últimos 12 meses, atingindo 46% da população, segundo a pesquisa TIC Domicílios 2024. Esse número representa 6 milhões de pessoas a mais do que no levantamento anterior.
É interessante notar que, desse total, as compras foram distribuídas da seguinte forma:
- Aplicativos de lojas no celular: 65%;
- Apps de mensagens: 31%;
- Redes sociais: 22%.
Sobre a forma de pagamento, 84% usaram o Pix e 67% utilizam o cartão de crédito. O crescimento da adesão ao Pix atingiu a marca de 18 pontos percentuais em relação a 2022, quando era de 66%. Inclusive, pela primeira vez, o meio de pagamento e de transferência instantânea superou o cartão.
Entre os outros métodos, 36% fizeram débito online ou transferência bancária, 27%, o pagamento na entrega e 24%, o boleto bancário.
No entanto, mesmo com todo o avanço do comércio online, ainda existem temores por parte dos consumidores. Entre os motivos para não fazer essas compras em e-commerce e marketplace, 48% dizem ter preocupação em fornecer informações pessoais e outros 48% sentem falta de confiança no produto que vai receber.
Diante deste cenário de evolução e expansão das compras online, vamos entender, a seguir, as fraudes comuns que o segmento sofre e como evitar fraudes no e-commerce.
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Conheça as principais fraudes praticadas no e-commerce e marketplace
De acordo com estudo da Juniper Research, os prejuízos com fraudes em compras online podem bater a marca de US$ 343 bilhões no mundo todo até 2027.
Normalmente, associamos as fraudes no comércio eletrônico com transações fraudulentas ou atos criminosos durante uma transação, seja pelo uso de cartões de crédito roubados ou clonados.
No entanto, existem outras práticas recorrentes que podem prejudicar, tanto e-commerces e marketplaces, como consumidores, e é importante conhecê-las profundamente para descobrir como evitar fraudes no e-commerce.
Falsidade ideológica
Esse crime ocorre quando alguém insere informações falsas ou omite dados verdadeiros em documentos, com a intenção de obter vantagens indevidas.
Assim, os fraudadores criam perfis e contas em e-commerce com documentos ou identidades falsas para realizar compras fraudulentas, ou ainda manipular dados em transações para obter reembolsos indevidos.
Account takeover
A apropriação de perfil, também conhecida como “account takeover”, é uma forma de fraude em que criminosos obtêm acesso não autorizado às contas de usuários legítimos em plataformas de e-commerce. Os fraudadores utilizam diversas técnicas para se apropriar de perfis, incluindo:
- Phishing: o envio de e-mails ou mensagens falsas induz os usuários a fornecerem suas credenciais de login;
- Malware: softwares maliciosos são instalados nos dispositivos das vítimas para capturar informações sensíveis;
- Credenciais vazadas: vazamentos de dados podem fornecer informações de login de usuários para que os fraudadores acessem suas contas.
Comércio de etiquetas
Trata-se da prática de trocar ‘etiquetas’ de preços ou informações de produtos para enganar consumidores. Essa fraude pode ocorrer de várias maneiras como:
- Alteração de informações: os fraudadores mudam descrições e imagens de produtos no site de e-commerce, fazendo os consumidores acreditarem que estão comprando algo diferente do que realmente será entregue.
- Uso de etiquetas falsas: a criação e o uso de etiquetas falsas permitem vender produtos falsificados como se fossem originais, enganando os consumidores sobre a autenticidade e qualidade dos itens.
Esse tipo de fraude gera prejuízos financeiros para clientes e de reputação para a marca associada ao crime praticado.
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Lavagem de dinheiro
Com o objetivo de encobrir a origem ilícita de fundos de atividades criminosas, a lavagem de dinheiro utiliza plataformas de comércio eletrônico para movimentar e “limpar” dinheiro sujo.
Aqui existem duas modalidades principais com a criação de lojas online falsas que parecem legítimas para processar transações fraudulentas e movimentar o dinheiro ilícito; e com a realização de compras falsas em lojas controladas pelos fraudadores para transferir o dinheiro para contas legítimas.
Comércio de produtos falsificados
Envolve a produção e venda de itens que imitam produtos de marcas legítimas, mas que não possuem a mesma qualidade ou autenticidade.
Neste caso, os fraudadores criam sites que imitam lojas legítimas, oferecendo produtos falsificados como se fossem originais, ou ainda divulgam as mercadorias em plataformas de e-commerce ou marketplaces. Além disso, os produtos são anunciados em redes sociais e com preços muito abaixo do mercado para atrair o interesse dos consumidores.
Desvio de mercadorias
É o furto ou roubo de produtos durante o processo de armazenamento, transporte ou entrega. Os funcionários podem desviar essas mercadorias ao longo das operações internas, não registrando a entrada de itens no estoque por exemplo.
Também pode acontecer o roubo de mercadorias por criminosos durante o transporte, além da fraude na entrega quando os entregadores alegam que o item foi entregue, mas, na verdade, foi desviado para outra pessoa.
Portanto, como evitar fraudes no e-commerce passa por todos esses itens acima, reconhecendo o risco de cada um e implementando medidas de proteção e segurança.
Importância do combate a fraudes em e-commerces e marketplaces
Obviamente, os principais impactos das fraudes que mencionamos anteriormente são a perda financeira, tanto de consumidores quando de empresas, assim como os danos à reputação das companhias envolvidas, perdendo a confiança dos clientes. Entretanto, existem outros problemas, a depender do tipo de fraude, como:
Sanções legais: no caso de lavagem de dinheiro, os responsáveis por empresas que não cumprirem com os requisitos e procedimentos de fiscalização podem sofrer multas e até mesmo ter pena de prisão.
Produtos de baixa qualidade: na fraude de comércio de etiquetas, os consumidores correm o risco de gastar dinheiro em mercadorias de baixa qualidade que não atendem às suas expectativas.
Riscos à saúde e à segurança: os produtos falsificados, principalmente medicamentos e itens relacionados à saúde, podem representar sérios riscos aos consumidores.
Perda de clientes: se as entregas de produtos não forem realizadas por conta de desvios, desaparecimentos dos itens ou outros problemas, a confiança dos clientes pode ficar abalada e as empresas podem perder estes consumidores.
Impactos logísticos: quando ocorre o desvio de mercadorias, a depender do tipo de produto, podem ocorrer atrasos e complicações na logística e na cadeia de suprimentos.
Confira como evitar fraudes no e-commerce na prática
As medidas de como evitar fraudes no e-commerce e no marketplace vão desde questões mais simples, como um procedimento de validação mais rígido até estratégias complexas que exigem a estruturação de processos de combate a fraudes. Vejamos:
1. Autenticação forte
Implementar a Autenticação Multifator (MFA) adiciona uma camada extra de segurança. Isso faz com que os usuários forneçam duas ou mais formas de verificação antes de acessar suas contas, o que ajuda a reduzir o account takeover.
2. Monitoramento de transações
Utilizar ferramentas de análise de comportamento ajuda a monitorar transações em tempo real e identificar atividades suspeitas, como login de locais estranhos ou valores muito altos de pagamentos em horários fora do habitual.
3. Verificação de identidade
Adotar processos de verificação de documentos e de autenticação biométrica, como biometria facial e reconhecimento de voz, ajuda a aumentar a segurança do seu e-commerce ou marketplace. Assim, é possível barrar a abertura de conta de usuários com identidades falsas.
4. Conscientização dos clientes
Educar os clientes sobre práticas seguras, como verificar a autenticidade de um site antes de fornecer informações pessoais e usar senhas fortes, também é uma ação importante. Tal ação pode reduzir a incidência de fraudes como phishing.
5. Análise de riscos
Realizar um processo de gestão de riscos permite não só analisar os riscos, como também indicar e corrigir vulnerabilidades nos procedimentos de compras online e transações. Além disso, é importante fazer auditorias regulares para identificar melhorias constantes, buscando entender como evitar fraudes no e-commerce.
6. Investigação de fraudes
Investigar fraudes é outra estratégia essencial, porque, mesmo com todas as estratégias de proteção, é possível que os fraudadores consigam burlar as medidas. Então, as empresas de e-commerce e marketplace precisam:
- Descobrir o que aconteceu;
- Identificar os envolvidos e responsabilizá-los;
- Verificar as brechas que foram encontradas para sanar essas vulnerabilidades, evitando a reincidência.
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