Executivo aborda termas centrais sobre combate a fraudes e gestão de riscos. Veja!
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CEO da GIF International, Pablo Colombres tem grande experiência e conhecimento sobre o mercado de segurança e combate a fraudes, compartilhando sua visão sobre as tendências e o futuro do setor. Nesta entrevista exclusiva, o executivo abordou temas como novo conceito de segurança, risco zero, foco em prevenção, entre outros.
Diante do mercado atual com a transformação digital, Colombres acredita que a mudança na maneira de pensar é o principal desafio do setor de segurança e fraudes, buscando a evolução do conceito de segurança tradicional.
“No passado, a segurança era focada em segurança física e nos pilares 3G (guns, gates e guards), ou seja, armas, portões/acessos e vigilantes. Nos últimos anos, estamos no processo de transformar o conceito para o gerenciamento de riscos”, explicou.
De olho nos riscos de fraudes, furtos, roubos, sabotagens, vandalismos e ameaças cibernéticas que as organizações estão suscetíveis, em outra pergunta, o CEO da GIF International decretou: “Risco zero por cento não existe. É impossível!” e deixou uma reflexão para as empresas: “Sabendo que não existe risco zero, o que fazemos com isso?”.
Para saber mais detalhes sobre essas e outras questões, confira a entrevista completa com o CEO da GIF International, Pablo Colombres.
1. Como você vê o futuro do setor de combate a fraudes?
Pablo Colombres: É preciso mudar o conceito de segurança tradicional para o gerenciamento de riscos. No passado, a segurança era focada em segurança física e nos pilares 3G (guns, gates e guards), ou seja, armas, portões/acessos e vigilantes. Nos últimos anos, com o avanço das tecnologias e novas ameaças, estamos no processo de transformar essa abordagem e acelerar essa nova visão, visando o gerenciamento de riscos: como identificamos e tratamos esses riscos físicos, digitais, computacionais, entre outros, de maneira mais abrangente.
“É preciso mudar o conceito de segurança tradicional para o gerenciamento de riscos.”
Dado o avanço das tecnologias e das novas ameaças que o mundo está vivendo, é importante também evoluir a aproximação dos profissionais de segurança com os C-levels e a diretoria para mostrar como essa abordagem de gerenciamento de riscos beneficia as empresas.
2. Quais dificuldades para a segurança e combate a fraudes nos tempos atuais?
Pablo Colombres: A Inteligência Artificial, sem dúvidas. A IA vem com muito benefícios, mas também traz muitas preocupações. O futuro está relacionado aos profissionais que consigam identificar esses riscos e aprimorar os processos de segurança.
3. O mercado brasileiro tem buscado cada vez mais soluções de prevenção a fraudes e com foco no onboarding. O que você pensa a respeito?
Pablo Colombres: Muito disso está ligado ao início da jornada do cliente, do parceiro, ou do profissional junto às empresas. Por isso, existem regras mais fortes e robustas de KYC, KYE e KYP para conhecer as pessoas com quem nossa empresa está se relacionando.
Basicamente, é o que sabemos sobre aquela pessoa no início do relacionamento. Nos últimos anos, muitas soluções de validação de identidade, modelos de score, e regras de orquestração foram implementadas. Assim, é possível ter mais informações para tomar uma decisão sobre o que aceitável para iniciar um relacionamento.
No entanto, na fraude não existe bala de prata. De acordo com as regras de proteção que vamos colocando, os fraudadores vão migrando de modus operandi. Hoje, tendo um onboarding robusto, os amadores não fazem fraudes com sua empresa. Mas infratores especializados vêm com burladores, uso de laranjas (pessoas e/ou contas) e outras ações.
“Na fraude não existe bala de prata. De acordo com as regras de proteção que vamos colocando, os fraudadores vão migrando de modus operandi.”
Sempre falamos que 80% do orçamento está focado na prevenção, porque é o início da jornada do usuário, mas, às vezes, temos ferramentas demais e esbarramos em duas questões na estratégia de prevenção.
A primeira é a escassez de profissionais para fazer a avaliação de riscos para identificar as ferramentas adequadas para distintos cenários. A segunda é que prevenção não é tudo. Precisamos de monitoramento de transações suspeitas, de avaliação do comportamento dos clientes, e de detecção.
Mesmo assim com uma prevenção robusta, as fraudes acontecem. É onde entra a investigação corporativa, em que devemos fazer avaliação forense, análises para identificar as origens e causas das fraudes e, assim, corrigir os problemas para mitigar e evitar novos casos.
Tudo isso precisa estar sob gestão de uma pessoa com visão abrangente de riscos. Uma gestão de riscos bem feita deveria ter relevância tal que a liderança identifique e reconheça.
4. Como formar uma cultura de segurança neste cenário?
Pablo Colombres: Precisamos dentro das empresas ter uma consciência de importância do combate a fraudes e gerar uma cultura que abrace essa ideia. A segurança em si das pessoas, tecnologias, da informação, é responsabilidade de todos. Então, podemos criar a melhor política de informação, mas depende de cada usuário. A responsabilidade é da pessoa.
Risco zero por cento não existe. É impossível! Então, sabendo que não existe risco zero, o que fazemos com isso? Como identificamos, tratamos e gerenciamos esses riscos?
“Risco zero por cento não existe. É impossível! Então, sabendo que não existe risco zero, o que fazemos com isso? Como identificamos, tratamos e gerenciamos esses riscos?”
5. Quais as principais tendências de fraudes que você considera para 2025?
Pablo Colombres: As três maiores preocupações que as empresas têm são:
Avanço das tecnologias é uma questão para ficar de olho, como inteligência artificial em geral que gera riscos de segurança.
Sofisticação da engenharia social, tornando as fraudes mais convincentes e difíceis de detectar, enganando as vítimas.
Aliciamento de funcionários tem crescido significativamente nos últimos anos, representando uma ameaça crescente para as empresas.
Quem é Pablo Colombres?
Com mais de 20 anos de experiência em investigação e repressão de fraudes corporativas, Pablo Colombres é o CEO da GIF International, consultoria especializada em serviços de combate a fraudes, onde lidera uma equipe qualificada e dedicada a prestar serviços de excelência para proteger os ativos de clientes em toda a América Latina.
Possui uma sólida formação acadêmica, com bacharelado em Direito pela Universidade de Buenos Aires, na Argentina, e mestrado em Administração de Justiça e Segurança pela Universidade de Phoenix, nos Estados Unidos.
Sua atuação é reconhecida internacionalmente. É membro do Conselho Internacional da ASIS Internacional em Washington, nos Estados Unidos, e se tornou, em 2025, o 1º sul-americano no Comitê Executivo Global da instituição. Além disso, possui diversas certificações, incluindo CPP (Certified Protection Professional) e CII (Certified Internal Investigator).
Como palestrante internacional, Pablo Colombres compartilha seu conhecimento sobre fraudes corporativas, oferecendo uma perspectiva única e aprofundada sobre o tema.
Para ajudar sua empresa no desafio de mitigar fraudes, gerenciar riscos, proteger ativos e promover maior segurança, conte com a GIF International.
Com mais de 30 anos de mercado, somos reconhecidos como referência em combate a fraudes. Oferecemos um ecossistema de serviços integrados para prevenção e investigação de fraudes, com mais de 10 soluções inteligentes, flexíveis e personalizadas para atender às necessidades específicas de cada cliente.