A transformação digital, impulsionada pelo período de pandemia que enfrentamos no mundo, impulsionou a inovação e a modernização dos meios de pagamento, já que se exigiu a digitalização dos serviços bancários e de pagamento, assim como do varejo com o crescimento do e-commerce e das compras online.
Junto à necessidade de aumento da digitalização, alguns movimentos chegaram para ficar, como a conveniência e a comodidade de fazer operações financeiras e pedidos de produtos de casa e a facilidade de realizar os pagamentos, seja por meio de boletos, cartões ou com o PIX.
Inclusive, com a entrada do sistema de pagamentos instantâneo, foi possível fortalecer a bancarização da população e promover a inclusão financeira, simplificando o acesso das pessoas aos serviços bancários.
Com isso, os brasileiros já têm, em média, contas ativas em cinco instituições financeiras diferentes, segundo estudo da Visa.
Diante deste cenário, vemos uma mudança também no uso dos meios de pagamento.
PIX é a opção de pagamento líder
O PIX se tornou o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros, superando o dinheiro em espécie, conforme estudo do Banco Central. Em 2024, 76,4% da população passou a usar a modalidade, contra 46,1% em 2021.
Em contrapartida, o dinheiro caiu de 83,6% para 68,9% no período de três anos, virando apenas a 3ª forma de pagamento mais utilizada. O cartão de débito saltou de 61,7% para 69,1% no mesmo intervalo e também deixou para trás o dinheiro.

Evolução e modernização dos meios de pagamento
A inovação no sistema bancário brasileiro realizada pelo Banco Central, que foi premiada pelo BRAVO Beacon of Innovation Award em Miami, nos Estados Unidos, proporcionou um terreno fértil para que as empresas investissem em projetos de modernização dos meios de pagamento.
A cada dia, surgem novas tecnologias e ferramentas nos meios de pagamentos como:
- Pagamentos instantâneos;
- Carteiras digitais;
- Pagamentos por aproximação (NFC);
- Pagamentos por chip conectado na pele;
- Soluções integradas com biometria e autenticação multifator.
Neste sentido, 93% das instituições financeiras e 87% dos varejistas se dizem engajadas em programas de modernização da infraestrutura de pagamentos ou pretendem começar o projeto dentro de 6 a 8 meses. Os dados são de levantamento da KPMG.
Motivos para investir na modernização dos pagamentos
Entre as principais razões para realizar as inovações, estão:
- Melhorar a experiência do cliente;
- Tornar as transações mais ágeis;
- Reduzir custos a longo prazo;
- Aumentar a segurança;
- Simplificar e otimizar operações.
Além disso, as instituições financeiras se veem motivadas a investir nos projetos pela necessidade de atualizar sistemas legado e cumprir com obrigações regulatórias.
Já, para o setor do varejo, as expectativas dos clientes e a pressão da concorrência são dois grandes motivadores. Então, ao oferecer maior diversidade de opções de pagamento e maior facilidade, aumenta a chance de garantir a satisfação dos consumidores, fidelizá-los e se manter à frente da concorrência.
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Investimento de recursos
Para promover com sucesso a modernização dos meios de pagamento, as instituições financeiras planejam investir US$ 18 milhões e 35% delas determinaram um prazo de 1 a 2 anos para alcançar estes objetivos.
Por outro lado, 56% dos varejistas garantem já ter concluído o programa no último ano, enquanto 83% dizem que estão modernizando sua infraestrutura novamente ou pretendem fazer no futuro próximo.
Em média, o setor aloca US$ 4,1 milhões para as iniciativas.
Desafios na modernização dos meios de pagamento
Para ambos os setores, a principal preocupação no processo de modernização reside no potencial disruptivo das mudanças. Afinal, a implementação de uma nova infraestrutura pode provocar interrupções em operações, gerando indisponibilidade de serviços e impactos financeiros negativos.
Ao olhar para os desafios específicos de cada segmento, 57% das instituições financeiras apontam a integração de múltiplos sistemas.
Os varejistas, por sua vez, se mostram receosos principalmente com o treinamento dos profissionais para gerenciar a mudança dos sistemas antigos para os novos, com 56% dos entrevistados.
Escopo do programa de modernização
Outro ponto de diferença dos dois segmentos quando falamos na modernização dos meios de pagamento é o escopo necessário para desenvolver e implementar o projeto.
Dentro do varejo, alguns dos requisitados necessários envolvem avaliação de:
- Novos métodos de pagamento;
- Implementação/atualização de pagamentos digitais;
- Terceirização ou migração para um provedor alternativo;
- Melhoria nas operações;
- Open banking;
- Reconciliação bancária.
Para o segmento financeiro, o esforço é maior e inclui mais desafios como:
- Mecanismo de pagamento;
- Implementação/atualização de canais digitais;
- Experiência do cliente;
- Implementação de API;
- Sistema bancário central;
- Migração para provedor de nuvem;
- Melhoria operacional;
- Aprimoramento de produto (por exemplo, pagamentos instantâneos);
- Migração para ISO 20022;
- Entre outros.
Recomendações para fortalecer a modernização
Muito além da adoção de novas tecnologias, a modernização trata-se de um reposicionamento estratégico, em que o cliente passa a ocupar o centro das decisões. As expectativas dos consumidores são, hoje, o principal motor dessa transformação.
As empresas que desejam se destacar precisam escutar atentamente seus públicos, oferecer soluções que respondam às suas demandas atuais e, acima de tudo, antecipar necessidades futuras.
Isso exige ir além das exigências regulatórias e alinhar prioridades orçamentárias com as expectativas de uma experiência cada vez mais fluida, segura e conveniente, assim como as necessidades de operações internas.
Para tanto, separamos dicas para fortalecer esse processo de inovação:
Mudanças graduais e flexíveis
Embora muitos sistemas legados ainda desempenhem papel essencial nas operações, há uma resistência compreensível à sua substituição imediata, devido a custos, dependências e complexidade. A solução está em uma jornada progressiva: migrar para novas tecnologias de forma planejada e funcional, com etapas de transição que possibilitam ganhos gradativos.
Preparação da equipe
O investimento em capacitação e reestruturação de times é um pilar estratégico dessa jornada. Até porque muitas empresas enfrentam o desafio de equilibrar as atividades do dia a dia e as iniciativas de transformação. Nesse cenário, modelos ágeis têm se destacado como uma forma eficiente de alocar talentos em equipes específicas de modernização, sem prejudicar a continuidade do negócio.
Melhor aproveitamento dos dados
À medida que os pagamentos se tornam mais digitais, cresce também a geração de dados valiosos. A coleta e a análise dessas informações oferecem uma base sólida para extrair insights significativos sobre comportamento do cliente, padrões de consumo e necessidades emergentes.
Mais do que suporte à operação, os dados se tornam um ativo-chave para inovação, personalização de serviços e geração de novas fontes de receita.
Segurança: pilar para a modernização dos meios de pagamento
Com o aumento da digitalização, cresce também o risco de fraudes. Para se ter uma ideia, 20% das contas digitais abertas no Brasil são suspeitas de fraude, segundo estudo divulgado pela Exame. São adulterações e falsificações de documentos, fraudes de identidade, invasões de contas, abertura de contas laranja, entre outros problemas.
Diante deste contexto, a modernização dos meios de pagamento precisa caminhar lado a lado com soluções robustas de segurança. Isso inclui:
- Mapeamento e gestão de riscos;
- Monitoramento em tempo real de transações;
- Tecnologias para aumentar a segurança no processo de onboarding;
- Análise aprofundada do perfil de clientes, com Know Your Customer;
- Implementação de políticas de Prevenção à Lavagem de Dinheiro;
- Ferramentas de detecção de fraude, como biometria de voz;
- Estratégias de tokenização e criptografia de dados;
- Investimento em educação do consumidor.

Apesar de todas essas medidas, ainda se corre o risco de ocorrerem fraudes e problemas de segurança. Neste caso, é fundamental adotar serviços de investigação para descobrir o que houve na sua organização e evitar que os incidentes se repitam.
As empresas que adotam essas práticas não apenas reduzem riscos, mas também fortalecem a confiança do cliente, essencial para a fidelização em ambientes digitais.
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