A nova moeda digital Drex alcançou um marco no mês de dezembro de 2024, quando aconteceu uma nova transferência oficial. O experimento aconteceu entre Caixa Econômica federal e Banco Inter e envolveu duas contas bancárias disponíveis no sistema.
A partir desse evento, a nova moeda digital brasileira dá mais um passo rumo a aplicabilidade no dia a dia dos consumidores. Com o avanço no sistema financeiro e a transformação na vida das pessoas, surgem novos desafios tanto para as instituições, como para os usuários.
Neste artigo, vamos explorar mais o assunto e o futuro do Real Digital.
O que é a nova moeda digital Drex?
O Drex, também conhecido como Real Digital, é a moeda digital emitida pelo Banco Central do Brasil em desenvolvimento desde agosto de 2020. Ou seja, é uma versão virtual do dinheiro do nosso país. Inclusive, a sigla Drex se refere ao Real:
- D: digital;
- R: Real;
- E: eletrônico;
- X: faz alusão à modernidade.
No entanto, é bom destacar que o Drex não tem nada a ver com critpomoedas ou bitcoin.
Trata-se de uma CBDC, sigla de Central Bank Digital Currency, que, em português, significa Moeda Digital Emitida por Banco Central. Essas moedas funcionam como uma extensão virtual do dinheiro, tendo o mesmo valor do Real tradicional, e são controladas pelo Banco Central.
Este último ponto é a grande diferença para as criptomoedas, já que o Bitcoin e demais criptoativos são descentralizadas, isto é, não possuem autoridade reguladora. Enquanto o Drex e as outras CBDCs são regulamentadas e possuem o controle centralizado no governo do país.

Futuro do dinheiro
No movimento de transformação e digitalização do sistema financeiro, a nova moeda digital Drex é um dos caminhos para o futuro do dinheiro não só no Brasil, como no mundo.
Segundo levantamento do CDBC Tracker, ao menos 134 países já estão trabalhando no desenvolvimento de moedas digitais oficiais, sendo que 66 estão em fase avançada. Inclusive, 3 países já lançaram a sua CBDC: Bahamas, Jamaica e Nigéria.
Com isso, espera-se que o Drex seja o catalisador de uma mudança no sistema financeiro brasileiro, tornando-o mais moderno, eficiente e inclusivo, assim como o PIX revolucionou nossa forma de fazer pagamentos e transferências.
Como funciona o Drex
A nova moeda digital Drex é baseada nas tecnologias de blockchain e tokenização. Seu desenvolvimento é feito na plataforma digital DLT (Distributed Ledger Tecnology), ou Tecnologia de Registro Distribuído – o blockchain é um dos tipos de DLT mais famosos.
Nessa tecnologia, cria-se uma espécie de rede contábil, em que é possível ter acesso ao histórico de operações. Assim, fica mais fácil auditar os dados de transações com maior transparência, aumentando a segurança.
Dessa forma, o Drex funcionará como uma carteira digital em que os clientes fazem transações com a moeda virtual. Essas carteiras serão conduzidas por bancos, fintechs, cooperativas e demais instituições financeiras sob controle e gerenciamento do Banco Central.
Passo a passo da transação
Cliente: deposita a quantia na carteira digital e realiza a movimentação financeira.
Registro na blockchain: os dados da operação são criptografados e armazenados no livro-razão digital.
Validação instantânea: o sistema libera a transferência rapidamente, sem precisar de intermediação.
Confirmação: as duas partes recebem notificações sobre o sucesso da operação.
Receptor: poderá fazer a conversão do Drex e a retirada da carteira digital.
Principais objetivos do Drex
Com a adesão da moeda digital brasileira, o Banco Central e as instituições esperam trazer maior agilidade, segurança e transparência para as operações e transações financeiras. Entre os principais objetivos, estão:
- Inclusão financeira, democratizando o acesso aos serviços financeiros para as pessoas sem conta bancária;
- Redução dos custos das tarifas referentes às transações tradicionais;
- Diminuição no uso de papel-moeda, fortalecendo os meios digitais e apoiando a sustentabilidade;
- Modernização do sistema financeiro, garantindo que o sistema financeiro brasileiro esteja alinhado às inovações globais.
Aplicações e benefícios da nova moeda digital brasileira
Apesar de ainda estar na fase de piloto com testes e desenvolvimento, o Drex já possui um amplo de cenário de aplicações no cotidiano dos brasileiros e das empresas como:
1. Contratos inteligentes, realizados de forma automática e segura, para compras de bens de alto valor, otimizando as relações de negócios. Por exemplo: o pagamento de um veículo só seria liberado para o vendedor, quando o documento do próprio carro for transferido para o nome do comprador.
2. Pagamentos programados, com a possibilidade de agendar pagamentos de modo automático, como por exemplo, financiamentos.
3. Compra de títulos financeiros para que as pessoas adquiram títulos públicos diretamente sem precisar do intermédio de corretoras.
4. Transações diretas entre pessoas sem necessidade de intermediários bancários, usando aplicativos ou plataformas conectadas à rede, facilitando os brasileiros que não possuem acesso a sistemas tradicionais.
5. Tokenização de ativos para a compra de imóveis, por exemplo. Neste caso, o processo de aquisição pode acontecer de maneira digital, com a compra e venda ocorrendo por meio de tokens representativos da propriedade do bem, o que reduz a burocracia.
Diante deste cenário, fica claro que a nova moeda digital Drex gera diversos benefícios como:
- Transações mais rápidas, eliminando intermediários e reduzindo tarifas bancárias;
- Aumento da segurança, já que a tecnologia de blockchain atrelada ao real digital torna as transações rastreáveis, facilitando os controles internos e diminuindo o risco de fraudes;
- Melhoria na arrecadação de impostos, uma vez que a rastreabilidade dificulta as ações para evasão fiscal.
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Desafios da nova moeda digital brasileira
As instituições financeiras enfrentam dois desafios principais: tecnológicos e de segurança.
Para suportar as transações da nova moeda digital em tempo real, as empresas estão preparando sua tecnologia e infraestrutura de softwares e integrações, a fim de se conectar com o novo ecossistema bancário.
Outra questão chave é a segurança cibernética por mais que a tecnologia de blockchain aumente a proteção das transações com o Drex. Afinal, com a maior digitalização das transações, as instituições enfrentam novas vulnerabilidades como ciberataques, ameaças de phishing, apagões cibernéticos, roubo de informações, vazamentos de dados, entre outros.
Com essa preocupação em mente, é essencial o investimento em novos processos, sistemas e protocolos de criptografia e segurança da informação, com infraestrutura robusta, monitoramento de ameaças e plano de resposta a incidentes.
Sem contar que existe a necessidade de conscientização e treinamento de colaboradores sobre os riscos de segurança, assim como educar os clientes e o mercado sobre as boas práticas para se proteger contra fraudadores.
Como proteger sua instituição financeira contra fraudes
Referência em combate a fraudes, a GIF International possui um ecossistema de serviços completos e integrados de prevenção, detecção e investigação de fraudes, ajudando instituições financeiras a reduzirem os incidentes.
Atuamos em diversos casos de fraudes contra bancos e fintechs como:
- Falsidade ideológica;
- Autofraude;
- Account takeover (invasão de conta);
- Apropriação de perfil;
- Lavagem de dinheiro;
- Aliciamento de colaboradores;
- Entre outros.
Realizamos investigações completas, incluindo a coleta de evidências, identificação dos infratores envolvidos, indicação de vulnerabilidades, apoio ao setor jurídico e responsabilização criminal.
Além disso, estamos atualizados quanto as inovações do mercado, como a nova moeda digital Drex, com conhecimento aprofundado sobre as modalidades de fraudes mais recentes e complexas. Assim, estamos prontos para agir no combate a esses crimes e desvios.
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