Nos últimos anos, as fraudes de identidade se consolidaram como o principal vetor de ataques cibernéticos. Antes, este cenário era restrito a roubos de dados pessoais para abrir contas ou contratar serviços financeiros ou realizar compras de forma indevida.
Mas o problema evoluiu para um contexto muito mais sofisticado, com o uso de identidades falsas, adulteradas ou mesmo completamente sintéticas para invadir sistemas corporativos, fraudar operações e causar prejuízos bilionários.
Segundo dados do Painel de Incidentes 2024, publicado pelo Security Leaders, os ataques baseados em identidade representaram 51% dos incidentes cibernéticos registrados no Brasil.
Outro levantamento, realizado pela Cisco Talos, revela que as fraudes de identidade estão na raiz da maioria das ocorrências, gerando perda de dados, danos à reputação, prejuízos financeiros e riscos regulatórios.
Os objetivos por trás dos ataques baseados em identidade envolveram:
- Ransomware: 50% dos casos;
- Coleta e revenda de credenciais: 32%;
- Espionagem: 10%;
- Fraude financeira: 8%.
Neste artigo, vamos explorar os diferentes tipos de fraudes de identidade, como essas fraudes abrem portas para o cibercrime e que medidas podem ser adotadas pelas empresas para mitigar os riscos.
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Entenda as fraudes de identidade e suas variáveis
Esse tipo de fraude consiste na utilização indevida, falsa ou manipulada de informações pessoais de um indivíduo para se passar por ele, com o objetivo de enganar sistemas de autenticação, burlar controles de segurança e manipular pessoas. Assim, é possível ter ganho financeiro, acesso a serviços, dados, sistemas ou produtos.
Com o avanço da tecnologia, existem cada vez mais formas de fraude de identidade, o que torna o combate a esse crime ainda mais desafiador para empresas e instituições. A seguir, detalhamos as principais modalidades:
1. Roubo ou furto de identidade
Consiste no uso indevido de informações reais de uma pessoa (nome, CPF, data de nascimento, entre outros), geralmente obtidos em roubo do documento, vazamentos de dados ou ataques de engenharia social. O criminoso utiliza esses dados para contratar serviços, abrir contas ou realizar compras. Muitas vezes, a vítima só descobre a fraude quando já está sofrendo as consequências financeiras.
2. Falsificação de identidade
O fraudador cria documentos falsos com dados reais ou combinados de vítimas diferentes. É comum em tentativas de fraudes em processos de onboarding digital, abertura de contas ou aquisição de serviços com validação de identidade limitada. Esses documentos podem ser utilizados tanto em ambientes digitais quanto físicos, gerando dificuldade na verificação por parte das empresas.
3. Identidade sintética
Neste caso, os criminosos constroem uma nova identidade usando combinações de dados reais e fictícios (exemplo: CPF verdadeiro com nome falso). Essa identidade não pertence a um indivíduo real, o que dificulta a detecção. Muito usada em fraudes financeiras de médio e longo prazo, essa técnica permite que o fraudador construa um histórico de crédito com base em dados que parecem legítimos.
4. Personificação
Ao se passar por um profissional da empresa, o fraudador usa canais digitais como e-mail, WhatsApp ou perfis falsos em redes sociais, com objetivo de enganar ‘colegas de trabalho’ para aplicar golpes, acessar informações confidenciais ou induzir pagamentos.
Essas quatro variantes têm crescido de forma exponencial, favorecidas pela digitalização de processos, aumento no volume de transações online e a exposição de dados pessoais em diferentes plataformas.
Em um primeiro momento, tais fraudes geram prejuízos às pessoas físicas vítimas de suas artimanhas e para empresas, como bancos e lojas, que possam sofrer perdas decorrentes do uso da identidade comprometida para obter crédito ou comprar produtos. Mas, em uma segunda fase, os infratores mal-intencionados podem ir além e realizar crimes cibernéticos direcionados a organizações, como veremos a seguir.
Veja também: Planejamento estratégico de combate a fraudes da sua empresa está pronto para o futuro?
Como as fraudes de identidade abrem portas para o cibercrime
As fraudes de identidade podem funcionar como porta de entrada para uma série de ocorrências cibernéticas que podem comprometer toda a estrutura de uma empresa.
Após obter ou criar uma identidade real ou sintética, o fraudador pode ganhar acesso a sistemas internos, dados confidenciais e processos estratégicos, abrindo margem para ataques em escala muito maior.
Por exemplo, com um simples acesso indevido por meio da identidade falsa, o invasor pode:
- Executar transferências bancárias indevidas;
- Desviar recursos;
- Realizar phishing interno para comprometer outras credenciais;
- Espionar operações corporativas;
- Roubar dados sensíveis de clientes e funcionários.
Além disso, uma identidade comprometida pode ser usada para plantar malware ou ransomware nos sistemas da empresa, facilitando o sequestro de dados ou a interrupção total das atividades operacionais.
Na prática, o acesso baseado em uma identidade falsa funciona como uma chave para invadir o ecossistema digital corporativo. Isso torna essencial a existência de camadas robustas de autenticação, monitoramento contínuo de comportamento e políticas rigorosas de verificação de identidade.
Saiba mais: Entenda o real custo das fraudes para a sua empresa e os prejuízos que você pode sofrer
Como as empresas podem se proteger das fraudes de identidade
Diante do aumento expressivo das fraudes de identidade e seu papel como vetor de entrada para ataques cibernéticos mais complexos, as empresas precisam ir além da autenticação básica. É necessário estabelecer uma estratégia robusta de combate a fraudes, integrando tecnologia, processos e educação.
Saiba as principais medidas que as organizações devem considerar:
1. Adoção de autenticação multifatorial (MFA)
Utilizar múltiplos fatores de autenticação, como senhas, biometria e tokens, é uma das maneiras mais eficazes de reduzir riscos. A MFA torna mais difícil que um infrator, mesmo com dados válidos, consiga efetuar login em sistemas e aplicações.
2. Verificação reforçada de identidade em processos críticos
Os procedimentos de onboarding de clientes, contratação de colaboradores, análise de fornecedores e autorizações de pagamento devem passar por validações rigorosas nas empresas. Assim, as soluções de reconhecimento facial e biometria de voz são tecnologias que ajudam a aumentar a segurança nesses processos.
3. Monitoramento de comportamento e análise de risco
As ferramentas de análise comportamental podem identificar padrões diferentes no uso de sistemas, nos acessos, na realização de transferências, entre outros, e, assim, disparar alertas em tempo real. Essa inteligência contribui para detectar fraudes antes que causem grandes prejuízos.
4. Background check e due diligence
Verificações prévias de antecedentes, histórico financeiro e redes sociais são essenciais para evitar a entrada de colaboradores ou parceiros mal-intencionados. Essas análises devem ser feitas com frequência, especialmente em setores sensíveis como financeiro, saúde, tecnologia e jurídico.
5. Educação e conscientização de colaboradores
Fica claro que as fraudes de identidade, muitas vezes, envolvem manipulação humana para que os infratores tenham acesso a documentos ou dados pessoais. Por isso, é importante ter programas contínuos de conscientização sobre engenharia social, segurança da informação e práticas seguras no ambiente digital.
6. Política de acesso baseada em privilégios mínimos
Para reduzir o impacto de uma conta comprometida, as empresas podem definir controles de acesso a dados com base na função e na necessidade real, evitando que pessoas que não precisam saber aquelas informações consigam visualizá-las.
7. Auditorias e testes periódicos
Por fim, a revisão de acessos, a validação de registros de autenticação e a realização de testes de intrusão são ferramentas valiosas para encontrar vulnerabilidades e agir antes que criminosos as explorem brechas.
Leia aqui: O que não pode faltar no plano de segurança da sua empresa? Descubra

Como a GIF International ajuda a proteger sua empresa contra fraudes de identidade
Diante do cenário de crescimento das fraudes de identidade e o aumento de crimes cibernéticos, há a necessidade de uma abordagem cada vez mais integrada de combate a fraudes.
A GIF International oferece um ecossistema completo de soluções voltadas à segurança corporativa. Nossa atuação abrange todas as etapas da jornada de combate a fraudes, da prevenção à investigação, com serviços inteligentes, personalizados e adaptáveis à realidade de cada organização.
Conheça como a GIF International pode atuar nas três frentes principais contra fraudes de identidade:
1. Prevenção com análise de risco e background check
A GIF realiza análises profundas de risco e background check para empresas que desejam prevenir o ingresso de colaboradores, parceiros ou fornecedores com histórico suspeito ou inconsistências cadastrais. Essa etapa é essencial para reduzir riscos desde o início da relação profissional.
Nossos especialistas utilizam metodologias consolidadas, trabalho de campo e tecnologias para fazer uma verificação minuciosa.
2. Detecção de fraudes
Com o avanço das técnicas de fraude, a solução de biometria de voz da GIF ajuda a validar identidades de forma precisa. Isso é especialmente útil em processos de cadastro, troca de senha, solicitação de serviços e validação em ambientes sensíveis, impedindo que identidades falsas ou adulteradas sejam utilizadas para invaqdir contas, acessar sistemas ou realizar transações.
3. Investigação de incidentes com inteligência e metodologia própria
Quando há ocorrência de fraude, a equipe da GIF entra em ação com técnicas investigativas robustas e metodologia própria. Nossos investigadores mapeiam o caminho da fraude, identificam os responsáveis, inclusive em casos com múltiplos envolvidos, e entregam relatórios completos para apoiar a responsabilização, mitigar riscos e prevenir novas ocorrências.
Com mais de 30 anos de atuação e presença em 17 países, a GIF International é referência em soluções inteligentes de combate a fraudes na América Latina.
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