A Black Friday está consolidada como uma das datas mais estratégicas para o varejo e o comércio eletrônico no Brasil. No entanto, à medida que as oportunidades de venda crescem, os riscos também se intensificam devido ao alto volume de transações e pressão por logística acelerada. Neste sentido, o dia promocional abre espaço para uma série de vulnerabilidades e impulsiona as fraudes na Black Friday.
Diante deste contexto, as fraudes na Black Friday, como roubo de identidade, fraudes em meios de pagamento, criação de sites falsos, adulteração de promoções e desvio de cargas, têm se tornado cada vez mais sofisticadas.
Além delas, há também os riscos de:
- Consumidores que cometem a fraude de chargeback, ao solicitar o estorno de compras mesmo tendo recebido os produtos;
- Colaboradores que atuam em conluio com infratores externos, ou desviam mercadorias, ou vazam informações.
Então, com a expectativa de demanda elevada e tais ameaças, os gestores de risco, fraudes e segurança enfrentam um grande desafio: como garantir a escalabilidade das operações sem comprometer a segurança, a confiabilidade da marca e a experiência do consumidor?
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Black Friday como motor de vendas
A cada ano, consumidores aguardam ansiosamente as promoções de novembro para antecipar compras de fim de ano, renovar eletrodomésticos, investir em tecnologia ou garantir itens de consumo imediato.
Dados da consultoria Gauge apontam que o varejo brasileiro deve alcançar o maior faturamento da história da Black Friday em 2025, com estimativa de R$ 13,6 bilhões movimentados apenas na semana oficial de promoções. Trata-se de um crescimento de 16,5% em relação a 2024.
Já um levantamento do Google em parceria com a Offewise revela que 89% dos brasileiros conhecem a Black Friday e 67% já realizaram compras nesse período, reforçando seu impacto direto na economia e no comportamento de consumo.
Essa movimentação acelerada de compras e o volume de novas transações estimulam a economia, mas também ampliam a superfície de ataques e vulnerabilidades, resultando em fraudes na Black Friday. Veja os pontos críticos:
- Crescimento expressivo de cadastros e acessos digitais;
- Alto volume de pedidos em poucas horas ou dias;
- Picos de acesso em plataformas digitais e apps de e-commerce;
- Aumento no uso de diferentes meios de pagamento, incluindo carteiras digitais e PIX;
- Logística intensificada, com prazos reduzidos e exigência de agilidade.
Principais riscos de fraudes na Black Friday
Durante a Black Friday, estratégias criminosas costumam explorar falhas temporárias, brechas de sistemas e comportamentos impulsivos de compra. Entre os principais riscos, destacam-se:
1. Fraudes em e-commerce e vendas online
- Cadastro com identidade falsa ou dados roubados;
- Aprovação acelerada de transações sem análise de risco;
- Uso de cartão de terceiros ou chargeback após entrega;
- Ataques de bots para teste massivo de dados de pagamento.
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2. Fraudes logísticas e desvio de cargas
- Roteiros com histórico de roubo de carga;
- Contratação de motoristas e transportadoras sem verificação prévia;
- Envolvimento interno ou conluio com quadrilhas externas;
- Falta de rastreamento e visibilidade operacional.
3. Promoções falsas e engenharia social
- Criação de sites ou perfis falsos anunciando descontos agressivos;
- Cibercriminosos replicando layout de marcas conhecidas;
- Links fraudulentos enviados por WhatsApp, SMS e redes sociais;
- Vítimas induzidas a compartilhar dados pessoais e financeiros.
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4. Vulnerabilidades internas e falhas de processo
- Aprovação automática de pedidos sem alerta de risco;
- Políticas flexíveis de trocas e devoluções usadas para fraude;
- Manipulação de estoque ou desconto em etiquetas;
- Incentivos comerciais sem mecanismos de controle prévio.
Impacto estratégico para as empresas
A Black Friday movimenta receita significativa, porém, quando não protegida de forma correta, pode gerar perdas invisíveis e comprometer a reputação corporativa. As consequências mais frequentes incluem:
- Redução da margem de lucro por perdas e desvios;
- Aumento de retrabalho operacional com logística reversa;
- Danos à experiência do cliente com atrasos ou não entrega;
- Exposição a riscos legais e regulatórios;
- Aumento expressivo das investigações pós-evento.
Medidas eficientes para mitigar fraudes na Black Friday
Para evitar fraudes na Black Friday, as empresas precisam melhorar o controle e a visibilidade das operações, o que vai além de sistemas tecnológicos e envolve pessoas, processos e inteligência aplicada.
Entender como integrar ações preventivas, reativas e investigativas pode ser o diferencial entre um pico de vendas saudável e um quadro de prejuízos invisíveis.
Estratégias preventivas: evitar antes que aconteça
A prevenção é sempre o passo mais eficiente, especialmente em momentos de alta demanda. Para lidar com riscos ampliados durante a Black Friday:
1. Validação de identidade e análise de cadastros
Reforce mecanismos de autenticação (2FA, biometria e validação documental).
Utilize soluções de Background Check e validação cadastral para mitigar risco de clientes suspeitos ou cadastros repetidos.
Bloqueie automatizações por bots com detecção comportamental.
2.️ Trilhas de aprovação baseadas em risco
Categorize pedidos conforme score antifraude.
Aplique camadas adicionais para compras de alto valor ou com desvio de perfil.
3. DueDiligence de parceiros e transportadoras
Avalie informações básicas, histórico de serviços prestados, reputação, quadro societário, processos, redes sociais, entre outros itens, de fornecedores e terceiros antes de contratar.
Verifique motoristas e operadores por meio de Background Check.
4.️ Treinamento de colaboradores e equipes de logística
Capacite equipes para reconhecer comportamentos suspeitos de fornecedores, colegas de trabalho, clientes e fraudadores externos.
Qualifique os colaboradores para observar os riscos de fraude apontados por ferramentas, como o score antifraude ou a autenticação biométrica, e comparar com os limites de risco estabelecidos pela empresa.
Promova treinamentos específicos sobre o código de ética e conduta, garantindo que todos saibam os procedimentos empresariais corretos e os comportamentos esperados.
Oriente os funcionários sobre os perigos da engenharia social para que eles não caiam nesse tipo de fraude e tenham seus dados roubados ou sua máquina invadida.
Estratégias de detecção: agir rápido quando o risco aparece
Uma resposta lenta pode transformar uma tentativa de fraude em prejuízo real. Na Black Friday, os indicadores de alerta precisam ser monitorados em tempo real.
1. Autenticação biométrica
Verifique e valide a identidade dos usuários no momento em que ele estiver fazendo operações consideradas sensíveis pela sua empresa, como pagamentos, troca de login e senha.
Crie protocolos de resposta imediata para pedidos suspeitos, acessos irregulares ou movimentações fora do padrão, como anular as operações e assinalar o risco de fraude daquele usuário.
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2. Monitoramento de processos e operações
Mapeie movimentações logísticas, no estoque, na frota de veículos, no transporte de produtos, durante as rotas e nas entregas de mercadorias.
Acompanhe a ocorrência de incidentes em tempo real, como por exemplo, roubo de cargas.
3.Ferramentas baseadas em padrões de comportamento
Utilize ferramentas que cruzam dados financeiros, logísticos e cadastrais para identificar fraudes estruturadas.
Analise anomalias em cadastros e compras por meio de geolocalização.
4.Prontidão operacional
Tenha especialistas disponíveis para tomada rápida de decisão.
Estruture mecanismos para bloquear pedidos, interromper roteiros ou sustar pagamentos imediatamente.
Estratégias investigativas: quando algo já aconteceu
Mesmo com prevenções e controles, a fraude pode ocorrer. O erro mais comum das empresas é tratar o caso de forma isolada, sem aprofundar análises ou responsabilizar. Nos casos de fraudes na Black Friday, quando o volume é maior, essa atuação se torna ainda mais relevante.
1. Métodos investigativos estruturados
Realize a coleta e preservação de evidências digitais e físicas.
Conduza entrevistas investigativas com suspeitos e testemunhas.
Avalie se houve envolvimento interno.
Faça análises de dados e cruze informações para obter inteligência criminal.
Identifique os responsáveis e o modus operandi das fraudes.
Elabore relatórios executivos para responsabilização legal.
2. Auditoria forense
Mapeie o caminho da fraude para identificar pontos de vulnerabilidade digital.
Avalie se houve fragilidade de processos, sistemas ou ferramentas.
Verifique o rastro digital deixado pelos fraudadores.
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3. Integração entre áreas
Tenha políticas orquestradas de mitigação de riscos, resposta rápida a incidentes e fraudes, e planos de continuidade de negócios.
Promova visibilidade compartilhada sobre os indicadores de fraudes e medidas de proteção adotadas.
Incentive uma cultura colaborativa de segurança, em que todos se sintam pertencentes e identifiquem o combate a fraudes como uma frente importante para a empresa.
4. Canais de denúncia confiáveis
Não negligencie o fator humano. Muitas fraudes envolvem colaboradores e são identificadas por denúncia anônima, o que reforça a importância de fluxos seguros e independentes.
Estratégias unificadas de combate a fraudes
Isolar processos, ferramentas e estratégias de proteção não funciona mais. As fraudes na Black Friday exigem visão sistêmica e atuação combinada entre prevenção, detecção e investigação. Equipes orientadas, tecnologia aplicada e protocolos claros devem andar juntos.
É essa integração que transforma o pico de vendas em um período de crescimento sustentável e não em uma fonte de prejuízos ocultos.
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Como o ecossistema da GIF International apoia empresas na Black Friday?
Na Black Friday, o nível de vulnerabilidade cresce proporcionalmente ao volume de vendas. Neste cenário, o ecossistema integrado de combate a fraudes da GIF International se destaca por antecipar ameaças, investigar incidentes, fortalecer o compliance de ponta a ponta das operações e ajudar no crescimento seguro e sustentável dos negócios.
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