Em um mundo cada vez mais complexo e dinâmico, as empresas enfrentam múltiplos desafios no que se refere à segurança, integridade e proteção dos seus ativos. Neste sentido, a investigação patrimonial emerge como um pilar essencial para gestores de fraudes, riscos, segurança corporativa e segurança patrimonial em todas as indústrias. 

Quando aplicada de forma estruturada e eficiente, a investigação patrimonial permite identificar: 

• Riscos latentes; 
• Alertas de fraudes internas ou externas; 
• Desvios de conduta; 
• E demais ameaças e incidentes que podem gerar impactos financeiros, operacionais e reputacionais. 

Diante deste cenário, a GIF International se posiciona como parceira estratégica, oferecendo uma abordagem integrada que une tecnologia, expertise em campo e operações de ponta a ponta para atuar sobre a investigação patrimonial de maneira diferenciada. 

Neste artigo, vamos explorar o que é investigação patrimonial, qual sua importância e como a GIF atua nesse campo. 

Leia também: Como realizar análise de risco e evitar perdas patrimoniais na sua empresa 

O que é investigação patrimonial? 

A investigação patrimonial refere-se ao processo sistemático de levantamento, rastreamento e análise de bens, direitos, participações societárias, ativos financeiros e quaisquer concessões ou passivos. 

O objetivo é mapear, entender e monitorar a circulação ou ocultação de ativos no contexto de riscos corporativos, como fraudes, desvios, corrupção etc. 

Em outras palavras, não se trata apenas de rastrear bens para recuperação, como na clássica investigação de ativos, mas de entender o patrimônio como fonte de risco ou de alerta para a empresa. 

É importante diferenciar dois conceitos que se entrecruzam, mas possuem focos distintos: 

Investigação de ativos: geralmente orientada à identificação, rastreamento e recuperação de ativos de indivíduos ou empresas envolvidas em litígios, insolvências ou fraudes já ocorridas. 

Investigação patrimonial: mais abrangente, contempla o levantamento e análise preventiva de estruturas de patrimônio, evolução patrimonial, vínculos societários, histórico de bens, contas, criptomoedas, entre outros ativos, com foco em gerenciamento de riscos corporativos. 

Quais tipos de riscos patrimoniais as empresas podem sofrer? 

As organizações estão expostas a diversos tipos de risco que podem ter origem ou impacto patrimonial, necessitando de uma investigação, como:  

Fraudes internas:  

São casos de desvios de conduta, apropriação indébita de bens ou direitos da empresa, uso indevido de ativos corporativos. Por exemplo, empregados ou ex-colaboradores podem transferir bens ou valores para companhias ocultas, dificultando a detecção.  

Fraudes externas ou combinadas:  

Fornecedores, terceiros ou parceiros podem atuar de forma fraudulenta, ocultando patrimônio, transferindo ativos para escapar de responsabilização ou criando blindagens que comprometem a recuperação.  

Riscos de fornecedores e terceiros:  

As empresas de fachada, com falta de lastro patrimonial ou com vínculos ocultos podem representar riscos operacionais, reputacionais e regulatórios.  

Aspectos regulatórios e reputacionais:  

Empresas envolvidas em operações com indivíduos ou entidades que possuem patrimônio incompatível, têm histórico de fraudes ou problemas societários estão mais vulneráveis a escândalos de integridade e investigações. 

Ativos físicos e virtuais críticos:  

Bens, estruturas, informações, dados, sistemas, credenciais e acessos digitais podem ser alvo de sabotagem, vazamento, roubo ou furto.  

Saiba mais: Plano de segurança: o que não pode faltar? 

Por que a investigação patrimonial é crítica? 

A investigação patrimonial proporciona benefícios substanciais ao mitigar perdas, fortalecer a proteção do negócio e prevenir riscos futuros. Veja: 

Atuação preventiva 

Muitas organizações costumam agir de forma reativa, ou seja, após a ocorrência de fraude ou desvio inicia-se a investigação. No entanto, é possível usar essa estratégia de combate a fraudes como uma abordagem preventiva. 

Afina, a investigação permite identificar os responsáveis pelas fraudes, o modus operandi e as vulnerabilidades usadas pelos infratores. Assim, as empresas podem fortalecer pontos vulneráveis, aprimorar os controles internos e implementar barreiras preventivas para evitar que o mesmo esquema se repita.  

Em outras palavras: investigar não é só recuperar perdas, mas também é eliminar as brechas que permitem a reincidência, protegendo a empresa de novas ameaças patrimoniais. 

Aumento da capacidade de proteção 

Para um gestor de fraudes ou segurança corporativa, implementar a investigação patrimonial significa elevar o nível de maturidade da segurança patrimonial da organização.  

Não se trata apenas de “mais um controle”, porém de construir visibilidade real sobre o que houve, onde, quando, como, quem estava envolvido e quanto custou. A construção deste ‘quebra-cabeças’ proporciona: 

• Melhor embasamento para tomada de decisão estratégica e inteligente em segurança, compliance e riscos; 
• Redução de perdas, interrupções operacionais e danos reputacionais; 
• Melhoria da cultura de integridade e transparência. 

Como realizar a investigação patrimonial na prática 

Quando uma fraude corporativa vem à tona, agir rapidamente e com método é determinante para interromper os danos e recuperar o máximo possível de ativos desviados.  

A investigação patrimonial deve seguir um processo estruturado que combine técnica, inteligência e rigor jurídico, garantindo que as evidências coletadas possam ser utilizadas tanto internamente quanto em ações legais. Veja como funciona a atuação na prática: 

Contenção inicial e preservação de evidências 

O primeiro movimento é impedir que o fraudador continue acessando sistemas ou ativos e garantir que provas digitais e físicas não sejam destruídas. O objetivo é congelar o cenário no momento da descoberta. Neste sentido, deve-se realizar: 

• Bloqueio de acessos a sistemas; 
• Afastamento preventivo de suspeitos de envolvimento interno; 
• Preservação de e-mails, logs, documentos e dispositivos. 

Leia também: Plano de continuidade de negócios: como se recuperar de fraude 

Coleta estruturada de informações 

Com o risco contido, inicia-se o levantamento de tudo o que possa comprovar responsabilidade e evidenciar o caminho do dinheiro. Para tal, é importante contar com análise patrimonial, Open Source Intelligence (OSINT) e inteligência de rede.  

• Extração forense de dados; 
• Levantamento de transações financeiras e patrimônios conhecidos; 
• Entrevistas investigativas com testemunhas e envolvidos. 

Aqui, é essencial manter cadeia de custódia e documentação transparente para fins jurídicos. 

Mapeamento de vínculos e beneficiários 

As fraudes raramente são isoladas. Envolvem cúmplices, intermediários e empresas de fachada. A análise patrimonial deve identificar: 

• Sócios, familiares e parceiros comerciais; 
• Empresas relacionadas (diretas e indiretas); 
• Evolução patrimonial comparada à renda declarada; 
• Indícios de ocultação ou blindagem patrimonial. 

Identificação de bens, valores e direitos recuperáveis 

Com a rede de relações estabelecida, chega o momento de localizar todos os recursos vinculados à fraude, com rastreamento de transferências de bens, operações financeiras, estruturas offshore, e cripto, se necessário. 

• Bens móveis e imóveis; 
• Veículos e embarcações; 
• Investimentos e contas em instituições financeiras; 
• Criptoativos e ativos digitais; 
• Ações e outros ativos financeiros. 

Prioriza-se aquilo que pode ser rapidamente bloqueado ou arrestado, reduzindo risco de dilapidação. 

Saiba mais: Conta laranja: como identificar na instituição financeira 

Análise jurídica e medidas de recuperação 

A partir das evidências, é possível analisar as ações cabíveis: 

• Bloqueio judicial de bens e contas; 
• Acordos de reparação de danos; 
• Processos civis e criminais; 
• Ações cautelares para impedir transferência de ativos. 

A velocidade é crítica nessa etapa, já que os ativos desviados mudam de forma constantemente. 

Relatório conclusivo e recomendações preventivas 

A etapa final consolida as descobertas e converte o aprendizado em melhorias de segurança, incluindo: 

• Documentação das evidências e responsáveis; 
• Identificação das falhas de controle exploradas; 
• Plano de mitigação e reforço de políticas; 
• Monitoramento contínuo para evitar reincidência. 

Monitoramento contínuo e pronta-resposta 

As variáveis patrimoniais mudam com frequência, com novos bens, ativos e patrimônios. Por isso, é importante manter um processo de monitoramento contínuo, a fim de identificar riscos e corrigir vulnerabilidades. 

Boas práticas para a investigação patrimonial 

Além das etapas citadas acima, alcançar bons resultados com a investigação depende de adotar boas práticas como: 

1. Alinhar a investigação patrimonial aos objetivos estratégicos da empresa (exemplo: continuidade de negócios e/ou redução de perdas, entre outros). 
2. Garantir a cooperação entre áreas: segurança, compliance, jurídico, fraudes e operações.
3. Assegurar que os resultados sejam efetivamente usados em melhorias de procedimentos, sistemas e gestão de riscos.
4. Respeitar a legislação de proteção de dados, privacidade e procedimentos legais de investigação. 
5. Criar indicadores de desempenho para comprovar o retorno do investimento. 

Como a GIF International pode ajudar na investigação patrimonial 

A investigação patrimonial torna-se, hoje, um componente estratégico para a prevenção de riscos corporativos, a proteção de ativos e a segurança patrimonial. Para gestores de fraudes, riscos, segurança corporativa ou patrimonial, é fundamental adotar essa estratégia. 

Com atuação integrada e personalizada, a GIF International oferece a solução de inteligência antifraude patrimonial para identificar os responsáveis e os esquemas das fraudes, a fim de prevenir perdas e mitigar riscos. 

Além disso, a GIF International entende que a investigação patrimonial não opera isoladamente. É importante a integração ao ecossistema de soluções de combate a fraudes, como desvio de conduta, due diligence de fornecedores, risk assessment, law enforcement e análise forense, para obter resultados mais efetivos. 

Essa abordagem permite que os resultados da investigação patrimonial sejam convertidos em ações preventivas e corretivas. 

Fale conosco e descubra como podemos ajudá-lo a proteger seus ativos!