Com todos os holofotes voltados para os grandes eventos esportivos, sempre existem riscos e ameaças que pairam no ar, como ciberataques, atentados terroristas, protestos, entre outros. Nos Jogos Olímpicos de Paris, neste ano, não foi diferente e, mesmo com toda a preparação e planejamento de segurança, houve um ato de vandalismo, logo no primeiro dia, gerando tensão e preocupação em todos.
Como ocorreu o ato de vandalismo em Paris?
Na sexta-feira, dia 26 de julho de 2024, poucas horas antes da cerimônia de abertura, ataques de vandalismo coordenados atingiram os trens de alta velocidade de Paris.
Vale destacar que a infraestrutura ferroviária é o principal meio de transporte usado para quem mora nas proximidades da capital francesa e para quem estava hospedado nas redondezas para se deslocar para a abertura dos Jogos.
Os principais alvos foram as estações das linhas que ligam Paris a cidades como Lille, no Norte, Bordeaux, no Oeste, e Estrasburgo, no Leste. Os atos de vandalismo aconteceram durante a madrugada com o roubo e o incêndio dos cabos de fibra óptica.
Esses equipamentos enviam informações sobre os trajetos dos trens em seus deslocamentos nos trilhos para garantir a segurança dos motoristas e passageiros. Com isso, as operações foram paralisadas e mais de 800 mil pessoas foram afetadas no final de semana subsequente aos ataques.
Apesar dos temores após o incidente, a abertura transcorreu sem problemas com o desfile dos 10 mil atletas pelo Rio Sena diante de uma plateia de mais 300 mil pessoas. O espetáculo contou com um forte esquema de segurança, com 45 mil agentes, 10 mil soldados e 22 mil seguranças privados.
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Mas as Olimpíadas foram alvo novamente
Na noite de domingo, dia 29 de julho, três dias depois do primeiro incidente, Paris teve sua infraestrutura atingida pela segunda vez. Os serviços de telefonia e internet foram o alvo dessa vez.
Novamente, os cabos de fibra óptica foram sabotados e várias operadoras de telecomunicações registraram interrupções em suas operações, afetando 6 regiões da França. Ninguém reivindicou a autoria dos atos e a polícia francesa ainda não identificou os responsáveis durante suas investigações.
Casos de sabotagem contra empresas
No entanto, não são apenas grandes eventos esportivos que sofrem com ato de vandalismo. A infraestrutura e as instalações de empresas dos mais diversos segmentos também são alvos recorrentes.
Transmissão de energia elétrica
Em janeiro de 2023, três torres de transmissão de energia elétrica caíram em diferentes partes do Brasil, com indícios de vandalismo e sabotagem. As empresas Eletronorte e Furnas, responsáveis pelas torres, reagiram rapidamente ao incidente.
Elas implementaram um gabinete de crise coordenado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e reforçaram as medidas de segurança, incluindo monitoramento constante e colaboração com órgãos de segurança federais e estaduais para prevenir novos atos.
Ataque cibernético
Em 2016, a empresa de tecnologia Yahoo revelou que havia sido alvo de um ataque cibernético massivo em 2014, que comprometeu informações de mais de 500 milhões de contas de usuários. Este incidente destacou a importância da segurança cibernética e levou a empresa a reforçar suas medidas de proteção de dados.
Exemplos de ato de vandalismo
Além dos casos reais citados acima, muitas organizações acabam sofrendo ato de vandalismo ou sabotagem, como por exemplo:
- Empresa de fabricação de eletroeletrônicos: pode ser invadida e sofrer atos de vandalismo. Equipamentos caros podem ser danificados, causando prejuízos financeiros consideráveis.
- Instalação industrial: indivíduos não autorizados podem invadir o local e danificar máquinas e equipamentos. Este incidente não apenas causa prejuízos financeiros, mas também atrasa a produção.
Quais as lições dos atos de vandalismo de Paris para o mercado corporativo?
Todos estes casos mostram como empresas podem aprender com incidentes de vandalismo e sabotagem para fortalecer suas práticas de segurança.
A implementação de uma abordagem abrangente e integrada, que inclui análise de riscos, planejamento estratégico, uso de inteligência, vigilância constante e pronta resposta, é essencial para minimizar os riscos e aumentar a proteção.
Vejamos mais detalhes a seguir:
1. Gerenciamento de riscos
O incidente em Paris destaca a necessidade crítica de um gerenciamento de riscos eficaz nas empresas. Isso envolve a análise de riscos e vulnerabilidades para identificar potenciais ameaças e pontos fracos. Neste sentido, as empresas devem realizar avaliações regulares para entender onde estão mais vulneráveis e quais são as possíveis consequências de diferentes tipos de incidentes.
2. Planejamento de estratégias de segurança
Com base na análise de riscos, é essencial desenvolver estratégias de segurança robustas, incluindo a criação de novas medidas de proteção, assim como planos de contingência e protocolos de resposta a incidentes.
As empresas devem estar preparadas para prevenir fraudes, ato de vandalismo e sabotagens, mas, caso necessário, responder rapidamente a qualquer incidente, minimizando danos e garantindo a segurança de funcionários e ativos.
3. Adoção de novos processos e medidas
Para promover a prevenção, as empresas devem implementar novos processos e medidas de segurança, envolvendo:
- Adoção de controles de acesso rigorosos;
- Utilização de ferramentas e tecnologias para monitoramento de instalações, perímetro e outros pontos;
- Realização de auditorias de segurança regulares;
- Treinamento contínuo de funcionários sobre práticas de segurança.
Em suma, para cada risco, é importante mapear uma nova ação de proteção e prevenção.
4. Inteligência no combate a fraudes
A inteligência aplicada na segurança desempenha um papel vital na proteção contra fraudes, vandalismo e sabotagem. É importante aliar:
- Inteligência humana, com a experiência e a expertise de profissionais especializados, para analisar vulnerabilidades e modus operandi dos agentes que praticam fraudes, vandalismo e sabotagem, gerando conhecimento e compartilhamento de informações;
- Tecnologia nos processos de segurança, como sistemas de vigilância, análise de dados e inteligência artificial.
Assim, é possível monitorar atividades, prever possíveis ameaças e detectar ações suspeitas, com maior eficiência, qualidade e assertividade.
5. Monitoramento constante
A vigilância constante é crucial para detectar e prevenir incidentes. As inspeções técnicas regulares e rondas de segurança ajudam a identificar e corrigir vulnerabilidades antes que possam ser exploradas. A presença visível de segurança também pode atuar como um inibidor contra potenciais vândalos ou sabotadores.
6. Pronta resposta a incidentes
Ter uma pronta resposta para o caso de incidentes e ocorrências é fundamental. Isso inclui ter equipes treinadas e equipadas para lidar com diferentes tipos de atos, bem como sistemas de comunicação eficazes para coordenar a resposta e informar todas as partes envolvidas.
7. Investigação de fraudes e identificação de responsáveis
Se realmente algum tipo de ato de vandalismo ou sabotagem se concretizar, mesmo com todas as ações de prevenção adotadas, a investigação de fraudes é essencial. Dessa forma, fica mais fácil identificar os responsáveis e tentar recuperar os ativos, que podem ter sido furtados.
Inclusive, neste aspecto, é indispensável utilizar técnicas forenses para reunir evidências e responsabilizar os culpados, bem como realizar um processo de colaboração com as autoridades legais.
Portanto, para reduzir as chances de incidentes, fica claro que as empresas devem investir na integração de todas estas estratégias para enfrentar os desafios atuais e proteger seus ativos.
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