O crime de invasão de propriedade não é uma ameaça distante ou exclusiva de grandes corporações. Ele pode atingir qualquer empresa — de pequenos comércios a grandes indústrias — e causar impactos financeiros, operacionais e reputacionais severos.
Seja por vandalismo, sabotagens, furtos, roubos ou desvios planejados, esse tipo de violação exige atenção redobrada dos gestores e líderes de negócios.
Para se ter uma ideia, de acordo com a pesquisa “Percepção da Indústria Sobre os Impactos da Ilegalidade“, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 54% das empresas no Brasil sofreram crimes como roubo ou furto de patrimônio durante o período de um ano.
Desse total, 28% enfrentaram ocorrências dentro das instalações da empresa. Enquanto isso, 26% foram vítimas durante o transporte de mercadorias e 24% tiveram problemas com crimes cibernéticos.
Sem contar que 8% das organizações revelaram que foram alvo de vandalismo contra instalações, veículos ou pontos de venda.
Esses dados destacam a importância de medidas preventivas e estratégias eficazes para proteger as empresas contra o crime de invasão de propriedade.
Motivações envolvidas no crime de invasão de propriedade
A invasão de uma instalação corporativa pode ocorrer por diferentes razões. Todas têm potencial de causar danos profundos como:
1. Vandalismo
Essas ações não possuem motivação financeira direta, mas que visam destruir, depredar ou comprometer a infraestrutura da organização. Muitas vezes, ocorrem em contextos de protestos de funcionários ou atos externos à empresa, podendo afetar desde fachadas até equipamentos críticos.
2. Sabotagem
Geralmente, praticada por agentes internos ou concorrentes, a sabotagem pode interromper operações, danificar sistemas, apagar dados ou comprometer a cadeia produtiva. É uma ameaça silenciosa, que demanda vigilância constante.
Saiba mais: Veja como evitar o aliciamento de funcionários e minimizar riscos
3. Furtos e roubos
Itens de alto valor, como cargas transportadas, equipamentos, insumos, documentos e dados sensíveis estão entre os alvos mais comuns. Pode ser cometido por clientes, colaboradores, fornecedores, prestadores, terceiros e grupos criminosos.
No caso do roubo de informações, além das perdas diretas, ainda há o risco de gerar consequências legais graves, já que a empresa pode receber multas e sanções da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).
4. Desvios planejados
Especialmente comuns em áreas logísticas, industriais e de transporte, os desvios de mercadorias envolvem o roubo de produtos durante processos de armazenagem ou distribuição e, muitas vezes, contam com participação de informantes internos.
Erros que aumentam a vulnerabilidade da empresa a invasões
Em um cenário marcado pelo alto índice de assaltos e invasões a propriedades corporativas, muitos empresários ainda subestimam a importância de um planejamento estratégico de segurança.
E, mesmo que 63% das empresas considerem relevantes os custos com segurança privada, ainda são 37% que não olham dessa maneira para a proteção e o combate a fraudes.
Dessa forma, a ausência de uma estrutura bem organizada, com protocolos claros e tecnologia adequada, transforma o negócio em um alvo fácil.
Do outro lado, os criminosos estão constantemente atentos a falhas comuns, como:
- Sistemas de monitoramento inoperantes;
- Áreas com pouca iluminação;
- Acessos não controlados;
- Firewalls ou sistemas de segurança cibernética que podem ser burlados;
- Entre outros descuidos que, muitas vezes, passam despercebidos pela rotina.
Esses pequenos erros, quando ignorados, se tornam grandes oportunidades para ações criminosas.
Neste sentido, veja falhas comuns que abrem brechas de segurança:
▪ Falta de avaliação de risco real
As empresas não realizam diagnósticos de segurança específicos para suas operações, deixando áreas críticas expostas.
▪ Infraestrutura mal protegida
Diversas estruturas, como portões, cercas, áreas externas e depósitos, frequentemente carecem de proteção adequada, como sensores, câmeras ou controle de acesso e facilitam o crime de invasão de propriedade.
Aqui, por exemplo, podemos mencionar a desativação e negligência no uso de alarmes e sensores de presença, principalmente em empresas que já sofreram tentativas anteriores de invasão de propriedade.
▪ Segurança passiva e sem treinamento
Os funcionários terceirizados e equipes internas não recebem treinamentos regulares sobre procedimentos de emergência ou identificação de comportamentos suspeitos.
Inclusive, locais como depósitos e áreas de carga/descarga precisam ter supervisão contínua para evitar brechas para furtos internos ou externos.
▪ Acesso irrestrito a informações e áreas sensíveis
Em muitos casos, os colaboradores têm acesso a dados ou espaços que não fazem parte de suas atribuições, abrindo portas para o vazamento de informações ou fraudes internas.
Outro problema corriqueiro é o caso de funcionários terceirizados ou visitantes circulando livremente, sem credenciamento ou acompanhamento.
▪ Resposta lenta a incidentes
Sem protocolos bem definidos, muitos incidentes são tratados de forma reativa, quando o dano já foi feito — o que aumenta custos, tempo de resposta e exposição. Então, é fundamental preparar os procedimentos e os responsáveis para atuar em cada tipo de situação atrelada ao crime de invasão de propriedade.
Leia mais: 5 situações que a pronta resposta pode ajudar sua empresa
Estratégias eficazes contra o crime de invasão de propriedade
Para se proteger do crime de invasão de propriedade, as empresas precisam adotar uma abordagem proativa, preventiva e integrada.
Para 76% das companhias, a fiscalização e o controle devem ser ações prioritárias para minimizar o risco de invasão. Ações de inteligência e aumento da repressão também foram citadas pelos entrevistados na pesquisa da CNI.

Diante deste contexto, veja as principais ações que sua organização pode implementar:
1. Avaliação de riscos e diagnóstico de vulnerabilidades
Realize uma análise detalhada e criteriosa, identificando pontos fracos da infraestrutura física e digital da empresa. Um bom diagnóstico permite priorizar investimentos com base no grau de risco real e, assim, evitar que ocorra um crime de invasão de propriedade.
2. Inspeções técnicas regulares
Avalie periodicamente a estrutura física, pontos cegos, rotinas de acesso e procedimentos de segurança da informação, a fim de identificar vulnerabilidades antes que elas sejam exploradas.
3. Controle de acesso inteligente
Utilize sistemas biométricos, cartões de acesso com logs, monitoramento em tempo real e políticas claras de entrada e saída, com o objetivo de imitar o tráfego não autorizado.
4. Investimento em cultura de segurança
Capacite os colaboradores sobre procedimentos de segurança, fazendo com que os profissionais estejam aptos para identificar comportamentos atípicos e adotar boas práticas no dia a dia.
Veja também: Passo a passo para criar uma cultura de segurança na sua empresa e reduzir riscos
5. Monitoramento ativo 24/7
Adote câmeras, sensores de movimento, alarmes inteligentes e softwares de análise comportamental para fortalecer a segurança e promover a vigilância contínua com alertas imediatos, em caso de incidentes.
6. Pronta Resposta
Fique preparado para agir imediatamente diante de um incidente com equipes especializadas, evitando a escalada de problemas e aumentando as chances tanto de responsabilização dos autores como de recuperação de ativos.
7. Investigação de fraudes
Apure e investigue as causas de uma tentativa de invasão e identifique os responsáveis. Assim, é possível corrigir falhas e evitar reincidência. O processo de investigação com uma consultoria especializada também contribui para:
- Coletar evidências;
- Levantar indícios de envolvimento interno;
- Se conectar e engajar com os órgãos públicos;
- Identificar os envolvidos;
- Gerar insumos para comprovar perdas para seguradoras ou processos judiciais;
- Ter as informações necessárias para deduzir o valor do imposto de renda da sua empresa após a comprovação da fraude.

É importante destacar que o crime de invasão de propriedade de empresas é previsto no artigo 150 do Código Penal e a pena é de 1 a 3 meses de detenção ou multa. Por isso, é fundamental realizar a investigação para fazer com que os infratores sejam responsabilizados.
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✔ Inspeções Técnicas
Análise minuciosa das instalações, rotinas, acessos e processos para identificação de pontos críticos e proposição de soluções sob medida.
✔ Pronta Resposta a Incidentes
Atuação rápida e estratégica com profissionais treinados para conter, investigar e mitigar situações de invasão, sabotagem ou desvio.
✔ Investigação de Fraudes
Apuração técnica e criteriosa de fraudes, com foco em coletar evidências, identificar os responsáveis e prevenir a reincidência.
✔ Desvio de Conduta
Investigação dos casos suspeitos e denunciados com realização de entrevistas com possíveis colaboradores envolvidos em fraudes internas para indicar para a empresa a responsabilidade do agente interno.
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