Sua empresa sabe o verdadeiro custo das fraudes que acaba sofrendo? Em geral, os negócios possuem certa visibilidade sobre o prejuízo financeiro relacionado a uma determinada fraude. No entanto, as perdas podem ser muito maiores.
Nos últimos anos, o mercado de fraudes contra empresas e golpes contra os consumidores cresceu de forma escalável. E ao mesmo tempo que essa atuação pode gerar ganhos milionários para os responsáveis pelos atos, as companhias sofrem impactos inimagináveis, indo além da perda financeira.
Ou seja, se você acha que o custo das fraudes é controlável no seu negócio, você pode estar enganado.
É bom destacar que todos os tipos de organizações, de diferentes segmentos e portes, têm sido afetados, desde bancos e e-commerce até indústrias, seguradoras, operadoras de telecomunicações, entre outros.
Além disso, as pessoas se tornam vítimas frequentes de golpes financeiros no Pix, em maquininhas de cartão, de roubo de identidade, de engenharia social e tantos mais, o que se reflete também em perdas para as empresas.
Então, as companhias que se consideram imunes a essas ameaças precisam repensar. A seguir, vamos detalhar um pouco mais os custos das fraudes que sua marca pode ter que lidar.
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Custo das fraudes na América Latina: empresas perdem US$ 130 bi ao ano
Ao olhar de modo mais amplo para o custo das fraudes, a McKinsey elaborou um novo estudo e revelou que as fraudes corporativas geram cerca de US$ 130 bilhões em perdas para as empresas na América Latina por ano.
O relatório mostrou que 32% das empresas brasileiras admitiram que o impacto dos prejuízos por fraudes representou mais de 10% do Ebitda (lucro antes de pagamento de impostos, juros e amortizações).
O Brasil, inclusive, é o país da América Latina com maior percentual de companhias que sentiram um aumento nas perdas nos últimos dois anos. Em 2022, eram 54% e, em 2024, o índice chegou a 60%.
Principais tipos de fraudes identificadas
Ainda conforme a McKinsey, as fraudes no Brasil se misturam entre digitais e ‘analógicas’. As modalidades mais comuns atualmente são:
- Phishing: quando o fraudador se passa por uma empresa ou conhecido para enganar as pessoas e roubar seus dados;
- Malware: quando o software invade um computador e rouba dados, podendo danificá-lo;
- Fraude logística: roubos de carga, na cadeia de logística ou supply chain;
- Identidade falsa: é possível sofrer com a adulteração ou falsificação de documentos;
- Roubo de cartão: os casos de furto e roubo de cartão se multiplicam, bem como a clonagem e o uso em falsas maquininhas para roubar dados e senhas;
- Fraude interna: normalmente, é provocada por um colaborador ou conta com a colaboração ou anuência de funcionários.
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Motivos para o aumento das fraudes no Brasil
Outro ponto interessante a se observar é como o Brasil se tornou um celeiro tão fértil para as fraudes. Para a McKinsey, são 3 motivos principais para o escalonamento:
- Digitalização: as empresas dos mais variados segmentos passaram por um forte processo de digitalização, o que abriu brechas para a atuação de fraudadores.
- Vazamentos de dados: com a grande quantidade de vazamentos nos últimos anos, os fraudadores têm em suas mãos diversos dados pessoais. Com isso, é possível abrir contas e empresas, se passando por terceiros para aplicar golpes.
- Falta de prevenção: menos da metade das empresas possui estratégia antifraude. Caso o investimento em prevenção fosse maior, seria possível reduzir as perdas entre US$ 35 bilhões e US$ 65 bilhões ao ano.
Custo com transações fraudulentas
Além da análise geral de custo das fraudes, existem visões mais específicas, como o prejuízo com transações fraudulentas, o que engloba principalmente as instituições financeiras e o setor de varejo.
Neste caso, o levantamento “O Real Custo da Fraude” mostrou que o custo de uma fraude é 3,9 vezes maior do que o valor nominal perdido em transações fraudulentas. Ou seja, as organizações têm uma perda média de R$ 3,90 para cada real perdido. Para o varejo, o custo médio fica em R$ 3,07 e, para financeiras, em R$ 4,59.
Esses gastos incluem perdas financeiras, despesas trabalhistas, custos externos, pagamento de taxas e juros, custos legais e substituição de mercadorias perdidas ou roubadas, além de custos com requisitos regulatórios e multas.
O fato é que, com as transações online, as fraudes aumentaram progressivamente. Os canais digitais já são responsáveis por 51% das perdas na América Latina, ultrapassando a fraude física pela primeira vez. Este dado mostra a atuação dos fraudadores em criação de contas falsas e invasões de contas para cometer fraudes.
Custo da violação de dados
Como mencionamos acima, as fraudes estão, cada vez mais, migrando para o ambiente virtual. Por isso, é fundamental ter o olhar voltado para a cibersegurança, a fim de evitar ataques, vazamentos, violações e roubos de dados, assim como se precaver de apagões.
Para se ter uma ideia, o custo médio global de uma violação de dados atingiu US$ 4,88 milhões em 2024, um aumento de 10% em comparação com o ano anterior, de acordo com o estudo “Data Breach”, da IBM.
Muitos gastos vão além da ocorrência, envolvendo paralisação de atividades, negócios perdidos e atividades de resposta depois de uma violação.
Custo do compliance
Dentre o custo das fraudes, não podemos esquecer a questão regulatória e a necessidade de se manter em compliance com as normas. Afinal, as empresas podem sofrer multas e outras penalidades se não cumprirem com legislações governamentais, como por exemplo, a Lei de Prevenção à Lavagem de Dinheiro, a Lei Anticorrupção, e a Lei Geral de Proteção de Dados.
Então, a falta do investimento em compliance pode até parecer uma economia inicialmente. Porém, a longo prazo, principalmente no caso de fraudes e auditorias de órgãos reguladores, essa ausência de um programa sólido e robusto pode representar um custo elevado.
Segundo pesquisa do Ponemon Institute, investir em compliance custa cerca de US$ 222 por cada colaborador, incluindo equipe de compliance, treinamentos, equipamentos, auditorias, implementação de processos, ações corretivas e demais medidas. Por outro lado, não estar em compliance pode resultar em despesas de US$ 820 por funcionário.
Portanto, o não compliance acaba saindo 2,65 vezes mais caro do que o compliance.
Custo das fraudes: o impacto oculto
Fica claro que o custo das fraudes engloba diversos tipos de ameaças, como fraudes físicas, em transações e ciberataques, e também envolve uma série de ações e prejuízos, como a substituição de mercadorias roubadas, a recuperação de uma violação de dados e o investimento em auditorias de compliance.
Mas o impacto não para por aí e as marcas sofrem com outras perdas, muitas vezes, ocultas e pouco mapeadas.
Problemas de reputação e credibilidade:
Uma pesquisa da Forrester indica que, para 83% dos executivos, as fraudes dificultaram mais a construção de confiança com os clientes.
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Perda de vendas para clientes:
A ocorrência de uma fraude afeta não só a imagem, mas também reduz o interesse de clientes ativos em voltar a comprar produtos e serviços da marca, diminuindo as vendas e os volumes de transação.
Redução das oportunidades:
Além do impacto gerado na base de consumidores, os incidentes provocam a queda na atração de novos clientes, a diminuição na taxa de conversão e, consequentemente, as perdas de negócios.
Perda de investidores:
A capacidade de atração de investimentos externos também fica prejudicada após as fraudes. Trata-se de um grande problema, principalmente, para empresas que buscam interessados em apoiar financeiramente seu negócio.
Não participação em licitações:
Os órgãos públicos, ao abrirem licitações de propostas para serviços, fazem verificações das empresas interessadas e podem não aceitar a participação de negócios, que tiveram problemas com fraudes, crimes financeiros, atos de corrupção, ou violações. Afinal, tais questões colocam em xeque a eficiência das estratégias antifraude e da capacidade de segurança da organização.
Interrupção de serviços:
Muitos dos incidentes, sejam físicos ou digitais, podem causar a paralisação dos serviços e operações de empresas, trazendo impactos de queda de produtividade e eficiência, assim como impactando a satisfação dos consumidores com seus serviços.
Impacto tecnológico:
As tentativas de fraudes financeiras, como abertura de conta falsa, invasão de conta, auto fraude, entre outras, podem gerar custos adicionais relacionados ao parque tecnológico. Isso porque os acessos e logins, mesmo quando fraudulentos, consomem largura de banda e energia do servidor e, caso as contas ilegítimas passem a funcionar, são adicionados ainda valores de hospedagem e manutenção de servidor.
Outro ponto importante é que, no caso de ciberataques ou violações, podem ser necessárias modernizações da tecnologia, com substituição de sistemas legados, troca de equipamentos e outras mudanças.
Portanto, no final das contas, o custo das fraudes causa perda de confiança no mercado, impacto na lealdade do cliente, incapacidade de oferecer produtos e serviços, além da diminuição na receita.
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Como evitar o alto custo das fraudes com soluções personalizadas
Para ajudar a evitar as fraudes na sua empresa, é fundamental contar com um ecossistema completo e integrado de soluções. A GIF International é uma consultoria especializada em inteligência antifraude, com serviços personalizadas para atender às necessidades de cada organização.
Atuamos em toda a jornada de combate a fraudes nos negócios, incluindo:
- Gerenciamento de riscos;
- Biometria de voz;
- Inspeção técnica e pronta resposta;
- Prevenção de fraudes;
- Prevenção à Lavagem de Dinheiro;
- Cibersegurança;
- Due Diligence Investigations;
- Desvio de conduta;
- Investigação de fraudes, identificando responsáveis e buscando a recuperação de ativos.
Tudo com o apoio de Law Enforcement Operations para auxiliar no relacionamento com os órgãos policiais para dar o melhor andamento às solicitações relacionadas às empresas.
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