O serviço de investigação empresarial é fundamental para identificar os responsáveis e o modus operandi das fraudes que atingem as organizações, a fim de minimizar prejuízos decorrentes dessas ocorrências, mitigar riscos e prevenir futuros problemas. Neste sentido, o investigador corporativo é um elemento chave para ajudar as empresas.
Afinal, ao implementar as estratégias de investigações, as companhias não só protegem seu negócio, como também garantem uma boa reputação no mercado, fortalecendo a integridade da marca e promovendo relações sólidas de confiança com colaboradores, clientes, fornecedores e outros stakeholders.
Por essas e outras, o investigador corporativo tem um papel tão importante e pode ser incorporado nas organizações.
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Desmistificando o investigador corporativo
É importante esclarecer que o investigador, em geral, é treinado e capacitado para realizar apurações, coletar evidências e buscar a identificação de envolvidos em variados tipos de casos. Assim, o profissional pode atuar em diferentes vertentes, como por exemplo:
- Setor público: o investigador trabalha em órgãos policiais na aplicação da lei, verificando situações de crimes, buscando provas e realizando entrevistas com suspeitos;
- Agências de investigação e/ou de detetive: normalmente, são procuradas para lidar com casos de infidelidade, paternidade, entre outros;
- Setor privado: o campo de atuação é mais amplo, com possibilidades de trabalho em companhias de segurança, empresas diversas e consultorias, com o objetivo de proteger os ativos e interesses da sua organização ou dos seus clientes. São responsáveis por auxiliar na prevenção, detecção e investigação de fraudes, desvios de conduta, corrupção, aliciamento de funcionários e outros temas, investigando colaboradores, parceiros comerciais, fornecedores e agentes externos.
Os profissionais particulares ou investigadores corporativos têm sua atuação regulamentada pela Lei nº 13.432/2017, que determina as diretrizes para o exercício da atividade.
Em que áreas da empresa o investigador pode trabalhar?
Não existe um lugar ideal para o investigador corporativo ficar alocado. Tudo depende da estrutura e organização de cada companhia. Até porque os profissionais podem atuar em diversas áreas, como inspetoria, auditoria, compliance, jurídico, prevenção de perdas, segurança patrimonial, entre outras.
O principal objetivo da sua função é entender a natureza de uma fraude e esclarecer os detalhes com base na metodologia do 5W2H:
- What: o que aconteceu;
- When: quando ocorreu;
- Where: onde foi realizada a fraude;
- Who: quem – os autores do golpe
- Why: por que, ou seja, a motivação do fraudador e a vulnerabilidade encontrada;
- How: como – o modus operandi da fraude;
- How much: quantos ativos, bens ou verbas foram roubados.
A partir daí, é possível desenvolver relatórios completos, identificando responsáveis e recomendando medidas corretivas, assim como descobrindo vulnerabilidades e corrigindo políticas e processos. Todos estes aspectos permitem a tomada de decisões informadas por parte das lideranças.
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4 responsabilidades do investigador corporativo
1. Prevenção e detecção de fraudes
Um dos papéis mais críticos do investigador corporativo é detectar e prevenir fraudes, analisando transações financeiras, operações e comportamentos suspeitos que possam indicar fraude ou desvio de ativos.
2. Condução de investigações
É responsável por realizar investigações detalhadas em fraudes externas, roubos, furtos, vandalismos e sabotagens, assim como em casos de má conduta, envolvendo assédio, violação de políticas, corrupção e outros atos indevidos dentro da organização.
Neste processo, deve-se coletar evidências, entrevistar os possíveis envolvidos e registrar todas as documentações, relatórios e materiais sobre as fraudes.
3. Compliance e conformidade
O investigador corporativo precisa garantir que a empresa fique em conformidade com as leis e regulamentações, como por exemplo, Lei Anticorrupção, Lei Geral de Proteção de Dados, Lei Sarbanes-Oxley, entre outras. Assim, é possível assegurar que a organização cumpra com os padrões legais e éticos, fortalecendo a governança corporativa.
4. Proteção de ativos
Um dos objetivos da função do profissional é proteger os ativos tangíveis e intangíveis da empresa, como infraestrutura física, dados confidenciais e propriedade intelectual. Para isso, ele investiga os incidentes que possam comprometer esses ativos e desenvolve estratégias de mitigação de riscos para prevenir futuras violações.
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E quais as atribuições do investigador?
No dia a dia, para executar essas responsabilidades com qualidade e eficiência, os profissionais de investigação de fraudes empresariais devem atuar com:
- Coleta, organização e preservação de evidências encontradas em campo;
- Análise de documentos, registros e informações relevantes para a investigação;
- Condução de entrevistas com testemunhas, suspeitos e outros envolvidos;
- Investigação digital com rastreamento de atividades online e recuperação de dados, a fim de obter evidências digitais;
- Vigilância e monitoramento em locais específicos ou observando pessoas suspeitas para conseguir informações para a investigação;
- Elaboração de relatórios, com a descrição de todos os processos, a identificação das evidências e suspeitos, e a conclusão da apuração;
- Colaboração com outras áreas da empresa, como compliance, TI, jurídico e recursos humanos, para ter uma investigação integrada;
- Colaboração com órgãos públicos, como forças de segurança e tribunais, para dar andamento aos próximos passos das investigações e a responsabilização de envolvidos.
Qualificações e habilidades do investigador corporativo
Ao contratar um profissional de investigação para sua empresa, é importante considerar as aptidões abaixo para garantir que ele tenha a formação e o conhecimento necessários para realizar suas tarefas com eficiência.
1. Qualificações acadêmicas e certificações
Geralmente, um investigador corporativo tem formação em áreas, como direito, administração, contabilidade, criminologia, segurança da informação ou cibersegurança.
Entre as certificações mais importantes, temos:
- Certified Fraud Examiner (CFE);
- Certified Protection Professional (CPP);
- Certified Professional Investigator (CPI);
- Certified Information Systems Security Professional (CISSP);
- Certified Internal Auditor (CIA).
2. Habilidades técnicas
Entre as hard skills necessárias para a função, podemos destacar:
- Identificação de riscos potenciais em processos, transações e operações, além de estar preparado para sugerir medidas preventivas;
- Desenvolvimentos de políticas e práticas que reduzam a exposição da empresa a fraudes internas e externas;
- Técnicas de investigação, com conhecimento para realizar coleta e preservação de evidências, e auditorias forenses;
- Técnicas de entrevistas para conduzir apurações de forma ética e eficaz para obter informações críticas sobre os envolvidos na investigação;
- Forense digital com análise de dispositivos eletrônicos, monitoramento de sistemas e recuperação de dados;
- Conhecimento de cibersegurança com capacidade de compreender e mitigar ameaças digitais;
- Conhecimento jurídico sobre leis e regulamentos de governança, fraudes, compliance e privacidade;
- Capacidade de analisar grandes volumes de dados financeiros e operacionais.
3. Competências comportamentais
Além das habilidades técnicas, os investigadores devem ter uma série de soft skills, como por exemplo:
- Habilidades analíticas como pensamento crítico, solução de problemas, capacidade de avaliar situações complexas, atenção aos detalhes etc.;
- Comunicação envolvendo elaboração de relatórios, habilidade de negociação e persuasão;
- Atuação ética e imparcial;
- Capacidade de lidar com informações sensíveis e manter a confidencialidade;
- Resiliência para trabalhar em situações de conflito;
- Trabalho em equipe para colaborar com equipes internas e órgãos públicos;
- Gestão dos projetos de investigação com responsabilidades e prazos;
- Tomada de decisão rápida e estratégica sobre as ocorrências e incidentes.
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Além da investigação de fraudes: a importância da abordagem proativa
Vale destacar que o papel do investigador corporativo não é simplesmente reativo, indo muito além da resolução de incidentes e casos. Afinal, as apurações servem como uma ferramenta de gestão de riscos e melhoria contínua.
A partir das análises contidas nos relatórios de investigação, as empresas podem aprimorar os controles internos e evitar novas ocorrências.
Agente de transformação
Diante deste contexto, fica claro que o investigador se torna um agente de transformação dentro das organizações, pois ajuda a identificar vulnerabilidades, aumentar a segurança interna e proteger a infraestrutura, instalações e ativos.
Com suas indicações após as investigações, os profissionais também colaboram para promover a resiliência da empresa, fazendo com que a corporação tenha os requisitos necessários para lidar e superar incidentes.
Principais desafios do investigador corporativo
As áreas de investigação dentro das empresas enfrentam diversos desafios que podem impactar a sua eficácia. Confira:
Ausência de uma cultura de investigação: muitas organizações ainda não promovem uma cultura que valorize a investigação interna, dificultando a implementação de processos eficazes.
Falta de apoio da alta gerência: sem o envolvimento ativo das principais lideranças, as iniciativas de investigação podem ser subestimadas, limitando recursos e alcance.
Preocupação com reputação: algumas empresas hesitam em iniciar investigações por temer que a exposição de problemas internos possa prejudicar sua imagem.
Deficiências em governança e controles internos: a falta de sistemas sólidos de governança e controles eficazes torna mais difícil detectar problemas de forma antecipada.
Receio em colaborar com órgãos externos: há uma relutância em colaborar com partes externas, seja por questões de sigilo ou por preocupações com implicações legais.
Falta de planejamento estratégico: a investigação, muitas vezes, não faz parte dos planos estratégicos da empresa, resultando em alocação insuficiente de recursos humanos, financeiros e tecnológicos.
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Como a GIF International ajuda sua empresa na investigação corporativa
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