Nos últimos anos, a agenda dos CFOs evoluiu de forma significativa. O que antes era concentrado em gestão orçamentária, fluxo de caixa e rentabilidade agora abrange temas como mitigação de riscos, proteção de ativos, compliance, segurança de dados e prevenção a fraudes.
A mudança é resultado de um ambiente empresarial mais complexo, regulado e inseguro, no qual qualquer brecha pode resultar em perdas financeiras, reputacionais ou regulatórias.
Inclusive, o levantamento da Association of Certified Fraud Examiners (ACFE) revela que, no mundo, as empresas perdem, em média, 5% de sua receita anual com fraudes. Em mercados como o Brasil, esse número pode ser ainda maior.
Para CFOs, esse cenário mostra que a sustentabilidade financeira depende não apenas de maximizar receitas, mas de impedir perdas. Assim, a mitigação de riscos deixa de ser responsabilidade exclusiva da área de fraudes e compliance e passa a ser peça central da gestão financeira moderna.
Vale destacar, inclusive, que, para 89% dos CFOs, encontrar o equilíbrio certo entre reduzir custos e investir no crescimento é um grande desafio, de acordo com levantamento da PwC.
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Por que a mitigação de riscos deve estar no radar do CFO?
Os riscos financeiros e operacionais que impactam diretamente o resultado e o caixa são diversos como fraudes internas, manipulação contábil, apropriação indébita, fraudes externas cometidas por terceiros, ataques cibernéticos, lavagem de dinheiro e esquemas complexos envolvendo fornecedores e prestadores de serviço.
Para o CFO, os impactos são diretos:
- Perdas financeiras que afetam as margens;
- Danos reputacionais que influenciam negativamente o valor de mercado, o relacionamento com consumidores e investidores, e o custo de capital;
- Custos elevados de remediação, auditoria, investigações e litígios;
- Interrupções operacionais e riscos regulatórios.
Sem contar que o custo da não conformidade supera amplamente o custo de um programa estruturado de mitigação de riscos. As empresas com controles fracos de segurança acabam gastando mais por sofrerem fraudes e viverem em ciclo constante de remediação, o oposto da eficiência financeira buscada por CFOs.
Diante deste cenário de elevados riscos e em um ambiente competitivo, reduzir despesas de forma inteligente envolve também cortar as perdas invisíveis causadas pela fraude.
O papel do CFO na mitigação de riscos e prevenção a fraudes
A liderança financeira também passou a ser protagonista na construção de uma empresa mais segura e transparente. Neste sentido, apenas 12% dos CFOs afirmam que ser um bom momento para assumir riscos maiores, segundo pesquisa da Deloitte.
Entre as responsabilidades estratégicas do CFO nessa agenda, destacam-se:
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Governança e cultura ética
Os CFOs influenciam diretamente a construção de uma cultura ética, com a criação de políticas claras, códigos de ética eficazes, canais de denúncia seguros e comunicação contínua sobre expectativas de conduta. Com uma estrutura de governança forte, é possível reduzir brechas e incentiva reportes preventivos.
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Controles internos e segregação de funções
Dupla aprovação, segregação de tarefas críticas, auditorias periódicas e rastreabilidade de processos são elementos centrais para reduzir riscos de fraude interna e melhorar a detecção precoce.
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Avaliação de riscos eduediligence contínua
Analisar a integridade de fornecedores, parceiros, clientes e prestadores de serviços é vital. Os CFOs são responsáveis por coordenar os processos de due diligence, evitando exposição a terceiros de alto risco.
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Tecnologia, dados e análise preditiva
A contratação de tecnologias e ferramentas passa sempre pelo crivo do diretor financeiro. E, no enfrentamento a fraudes, softwares de monitoramento, inteligência artificial, análise de anomalias e soluções antifraude são essenciais, pois ajudam a identificar padrões suspeitos antes que se tornem prejuízo real.
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Controles de prevenção à lavagem de dinheiro
Os controles contra lavagem de dinheiro (PLD) e contra o financiamento do terrorismo (FTP) também são indispensáveis nas empresas atualmente, tanto para cumprir com regulamentações, como para prevenir atividades fraudulentas. A implementação dessas medidas fica a cargo dos CFOs.
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Monitoramento, auditoria ereportingcontínuos
O CFO é responsável por garantir que a prevenção a fraudes não seja projeto pontual, mas parte viva da governança da empresa, incluindo indicadores, auditorias internas e externas, relatórios periódicos e revisão constante de políticas.
Leia também: Gestão de riscos corporativos e seu papel estratégico
Quais os benefícios da estratégia de mitigação de riscos?
Redução de perdas
As empresas com programas fortes de compliance e boa governança sofrem menos fraudes e perdem menos quando elas ocorrem.
Detecção precoce
Organizações que investem em auditoria e controles internos detectam irregularidades mais cedo e recuperam mais valores.
ROI de investir em mitigação de riscos
As fraudes não são apenas um problema de integridade. Na verdade, elas são um centro silencioso de despesas recorrentes. Uma vez que os custos de remediação, consultorias reativas, ações judiciais, perda de contratos, aumento do custo de capital e danos à reputação geram impactos profundos na saúde financeira.
A equação é simples: investir em prevenção e mitigação de riscos acarreta um custo previsível e controlado. Ao mesmo tempo, ignorar riscos e fraudes causa um prejuízo imprevisível e crescente.
Para CFOs focados em eficiência financeira, essa lógica demonstra a importância do investimento nas estratégias e ferramentas de combate a fraudes.
Afinal, programas antifraude robustos, due diligence contínuo, controles internos eficientes e investigação especializada reduzem a volatilidade, estabilizam o orçamento e protegem valor.
Veja também: Como calcular o ROI dos serviços de combate a fraudes
Como implementar uma estratégia de mitigação de riscos eficaz
Para líderes financeiros que desejam fortalecer a organização, estas etapas são essenciais:
- Mapear riscos internos e externos do negócio;
- Reforçar governança e políticas corporativas;
- Avaliar e aprimorar controles internos e segregação de funções;
- Implementar soluções tecnológicas de monitoramento e detecção;
- Definir indicadores de risco e reportar ao board;
- Realizar due diligence constante de terceiros;
- Estabelecer plano de investigação e resposta rápida;
- Promover cultura ética e treinamento constante;
- Atualizar políticas conforme mudanças do mercado e da regulação;
- Mensurar resultados e ganhos financeiros obtidos com a estratégia.
Como mitigar riscos? Com equipe interna ou empresa especializada?
Outra decisão importante que envolve os CFOs modernos é sobre a estratégia de mitigação de riscos na prática.
Mesmo empresas estruturadas enfrentam desafios ao tentar fazer tudo internamente. Até porque as fraudes evoluíram e hoje combinam engenharia financeira, camadas de terceiros, tecnologia e ocultação sofisticada. Detectá-las exige técnicas de investigação, análise forense e metodologias avançadas.
Nenhuma área interna de fraudes e riscos consegue ter domínio total dessas frentes e braço suficiente para atuar em todos os cenários sem apoio especializado.
Para CFOs que precisam de previsibilidade, segurança e decisões baseadas em evidências, contar com especialistas é um diferencial estratégico.
CFO como guardião do governança financeira
No cenário atual, mitigação de riscos não é gasto. Trata-se de investimento estratégico, faz parte do core financeiro e é fundamental para a saúde e longevidade da empresa.
O CFO moderno precisa garantir lucros, mas precisa, sobretudo, impedir perdas.
Ao atuar com visão de longo prazo, controles sólidos e suporte especializado, o CFO protege o caixa, fortalece a governança, reduz custos, evita crises e assegura a perenidade do negócio.
A GIF International é parceira nessa jornada, oferecendo investigação, inteligência antifraude e suporte estratégico para líderes financeiros que buscam segurança, performance e confiança para operar em um mercado cada vez mais desafiador.
Saiba mais: Fraude como risco estratégico: por que o board precisa estar envolvido?
Como a GIF International apoia CFOs na mitigação de riscos e combate a fraudes
A GIF International atua exatamente no ponto em que risco, estratégia financeira, combate a fraudes e segurança corporativa se encontram. Nossas frentes de atuação cobre todo o ciclo de prevenção, detecção e investigação, incluindo:
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Investigação corporativa
Apuração técnica e fundamentada para suspeitas de fraude, envolvendo coleta de evidências, entrevistas, cruzamento de dados e inteligência analítica para identificar responsáveis e modus operandi pela fraude.
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Desvio de conduta
Investigação de casos de fraude interna, má conduta, comportamento antiético, entre outros incidentes envolvendo colaboradores.
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Due diligence de terceiros
Verificação profunda de fornecedores, parceiros e clientes, reduzindo riscos em cadeias complexas.
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Mapeamento de vulnerabilidades
Análise de brechas e vulnerabilidades em processos, controles de acesso, sistemas, instalações, entre outras circunstâncias.
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Ações de compliance
Suporte na construção de políticas, códigos de ética, protocolos de aprovação, canais de denúncia e programas antifraude.
Quer saber mais detalhes sobre as soluções da GIF International para a mitigação de riscos? Fale com nossos especialistas agora mesmo!
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